Com atraso, Infraero inaugura novo terminal em Cumbica
Terminal 4 deveria operar desde dezembro. Estrutura será usada pela Webjet
O novo terminal do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, passou a operar nesta quarta-feira, de acordo com informações da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). As previsões iniciais eram de que o Terminal 4 fosse inaugurado em 20 de dezembro do ano passado. Um desabamento ocorrido durante as obras, porém, atrasou o processo. Parte do forro que dava sustentação aos dutos de ar-condicionado no teto caiu, ferindo levemente dois funcionários. A obra, que custou 86 milhões de reais, começou em julgo de 2011.
Até hoje, o aeroporto contava com os Terminais 1 e 2. O aguardado Terminal 3 está em fase de terraplenagem. A ideia da estatal era colocar o “puxadão” em operação antes do Natal para aliviar a situação de Cumbica, mesmo sem estar 100% pronto. O aeroporto recebeu, de janeiro até outubro deste ano, 24,7 milhões de passageiros. Após o acidente, a Infraero chegou a garantir que a entrega seria feita dentro do prazo oficial, em 26 de janeiro.
Construído onde ficava o antigo galpão de cargas da Vasp, o novo terminal é remoto, ou seja, desconectado do aeroporto. Fica a cerca de 2 quilômetros de distância dos Terminais 1 e 2. O Terminal Remoto é controverso desde o início. Começou a ser construído em julho, ao custo de 86 milhões de reais em “caráter emergencial”, segundo destacou a Infraero. O Ministério Público Federal questionou o contrato com a construtora Delta e a Justiça Federal chegou a mandar parar as obras em setembro. A desembargadora Marli Ferreira, do Tribunal Regional Federal da 3.ª Região, porém, aceitou os argumentos da Infraero e determinou a imediata continuidade das obras dois dias depois.
O novo terminal servirá exclusivamente para voos domésticos, que somam mais de 60% do movimento total do aeroporto. E será operado pela Webjet. O espaço receberá todos os pousos e decolagens da companhia no aeroporto. O acordo feito entre a Webjet e a Infraero – sem licitação – faz com que a companhia seja a primeira e única a funcionar no espaço.