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Cláudia Cruz culpa Cunha por movimentações no exterior

Ré na Operação Lava Jato, esposa do deputado invoca 'princípio da confiança' para tentar se descolar de acusações sobre dinheiro sujo

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 ago 2016, 13h51 - Publicado em 17 ago 2016, 10h37

Em um recurso apresentado à Justiça Federal em Curitiba, a jornalista Cláudia Cruz, esposa do ex-presidente a Câmara, Eduardo Cunha, culpa o marido por todas as movimentações bancárias do casal no exterior, que incluem gastos na Suíça, na França e nos Estados Unidos. Para reforçar a responsabilidade exclusiva do marido nas operações, ela quer que sejam tomados os depoimentos de sete testemunhas no exterior, todos representantes das instituições bancárias e empresas offshores responsáveis pelas contas e as movimentações bancárias.

Em depoimento no início do mês, Claudia já tinha dito que o marido autorizava as compras de luxo fora do país e declarado que ele era o responsável pelas movimentações bancárias. Agora, em uma manifestação de exceção de competência apresentada ao juiz Sergio Moro, na qual pede para ser julgada pela Justiça do Rio de Janeiro e reforça o compromisso de não fugir do país, a jornalista recorre ao “princípio da confiança”. Ela sustenta que não havia motivos concretos para suspeitar de irregularidades envolvendo o próprio marido.

Ao pedir para ouvir sete testemunhas no exterior, a defesa da jornalista quer confirmar “o grau de participação da peticionária e de seu marido Eduardo Cunha nas operações”. O advogado Pierpaolo Bottini, que defende Cláudia, não arrolou nenhuma testemunha de antecedentes, ou seja, aquelas que vão ao tribunal para elogiar a conduta do réu. Ele arrolou testemunhas fáticas, que presenciaram os acontecimentos. Entre as testemunhas apontadas pela defesa estão Mary Kiyonaga, assessora financeira do Banco Merryl Lynch, que ajudou a fazer movimentações em nome da offshore Köpek. A defesa pede que seja perguntado a Kiyonaga quem pediu para abrir a conta, quem organizava os repasses, se Cláudia Cruz estava presente nos momentos em que o banco recebia as visitas de Eduardo Cunha e se algum dia teve contato com a esposa do deputado.

A defesa pede ainda que seja ouvida Chian Cindy, secretária da offshore Netherton Investments, que também movimentou dinheiro do casal. O depoimento de Cindy, segundo a defesa da jornalista, é importante para demonstrar a ausência de relação entre valores transferidos para a conta de Cláudia e o dinheiro que Cunha teria recebido de propina nos contratos da Petrobras com a empresa CBH (Companie Beninoise des Hydrocarbures Sarl). A jornalista nega que tenha movimentado valores milionários. Segundo o defensor de Cláudia, o saldo existente na conta no momento do bloqueio decretado pela Justiça era de 140 mil francos suíços. A esposa de Eduardo Cunha diz que tem família, filhos e marido no Brasil e que não há motivo concreto para suspeitas de que vá fugir do país. Antes de apresentar sua defesa, Cláudia disse ao marido que só quer provar o que é a verdade.

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