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Chefe de polícia especializada é preso no Rio de Janeiro

Delegado Marcelo Luiz Martins é suspeito de integrar esquema que desviou recursos públicos por meio de contratos de fornecimento de alimentação a presos

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 13 mar 2018, 11h47 - Publicado em 13 mar 2018, 11h42

O diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada do Rio de Janeiro, delegado Marcelo Luiz Santos Martins, foi preso preventivamente durante operação derivada da Lava Jato no estado, nesta terça-feira (13), denominada Pão Nosso. Ele é acusado de participar de um esquema de desvio de dinheiro público em contratos da Secretaria de Administração Penitenciária do RJ (Seap).

Segundo o pedido de prisão do Ministério Público Federal (MPF), Marcelo e o seu pai, Carlos Mateus Martins, que também foi alvo de prisão preventiva, atuaram no esquema por meio da empresa Finder Executive Consulting, em que são sócios. A empresa teria ajudado a lavar dinheiro oriundo do esquema de fraudes em contratos de fornecimento de alimentação para os mais de 50 mil presos do estado.

O MPF sustenta ainda que Marcelo “possuía estreita ligação” com Ary Ferreira da Costa Filho, um dos operadores financeiros do suposto esquema do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (MDB). As conclusões partiram de depoimentos de outro operador de Cabral, Carlos Miranda, que fechou delação premiada. Miranda afirmou que conheceu “Marcelinho” por meio de Ary e que este lhe afirmou que fazia pagamentos mensais ao delegado no valor de R$ 5 mil.

De acordo com o depoimento, Ary apresentou o delegado a Miranda como sendo policial e que seria uma pessoa na polícia com quem poderia contar em eventual necessidade. De acordo com o MPF, como delegado da polícia civil, Marcelo ainda auxiliava organização criminosa dando-lhe o apoio na área.

O chefe da especializadas tem o papel de comandar a elite da Polícia Civil do Rio, como a Coordenadoria de Recursos Especial, principal força tática do órgão e outras 26 delegacias. Quando o esquema operou, Marcelo ainda não ocupava o cargo. Procurado, o advogado Carlos Eduardo Machado, que defende o delegado, disse que não vai se pronunciar.

Além de Marcelo e o seu pai, há outros 12 mandados de prisão, entre eles o do ex-secretário estadual de Administração Penitenciária (Seap) e coronel da Polícia Militar, Cesar Rubens Monteiro de Carvalho, e o ex-secretário adjunto de tratamento penitenciário, Marcos Vinicius Lips. As ordens foram assinadas pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio. As defesas dos suspeitos não foram localizadas até a publicação desta notícia.

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