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Cassações da Lava Jato serão tratadas com ‘naturalidade’, diz Cunha

Favorito para ocupar a presidência da Câmara em 2015, peemedebista afirma que investigação no Supremo não é sinônimo de quebra de decoro

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 dez 2014, 15h33

Favorito para vencer as eleições à presidência da Câmara em 2015, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou nesta terça-feira que, caso seja eleito, tratará com “naturalidade” os eventuais processos de cassação que serão instaurados no próximo ano. Pelo menos 28 políticos já foram citados por delatores do esquema – boa parte deles, do Congresso. O Ministério Público, porém, somente fará as denúncias contra as autoridades no ano que vem.

Cunha ponderou que não cabe ao presidente da Câmara abrir processos por quebra de decoro, mas sim aos próprios partidos políticos, que enviam uma representação com pedido de investigação para a cúpula da Casa e para o Conselho de Ética. “Para poder cassar, tem de ter representação partidária. Esse é um rito do regimento”, afirmou, durante café da manhã com jornalistas.

O candidato, no entanto, evitou falar sobre qual encaminhamento dará ao caso do deputado Luiz Argôlo (SD-BA) se assumir o mais alto comando da Câmara. Flagrado em estreita relação com o doleiro Alberto Youssef, pivô da Operação Lava Jato, o parlamentar baiano já teve o pedido de cassação aprovado pelo Conselho de Ética, mas ingressou com um recurso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o que evitou a análise da perda de mandato em plenário antes do recesso parlamentar. Caberá ao próximo presidente da Casa decidir se o processo continuará em tramitação na próxima legislatura ou se arquiva o caso. “Tem que se avaliar. É uma situação nova”, comentou brevemente.

Cunha afirmou que, na avaliação dele, uma investigação no Supremo Tribunal Federal (STF) não é sinônimo de punições aos parlamentares. “É aqui no Parlamento que se discute a quebra de decoro. Não é porque tem suspeita de ilícito penal que tem quebra de decoro automaticamente. Tanto é que há várias investigações em andamento e não tem representação partidária”, continuou.

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Questionado sobre o possível envolvimento de peemedebistas no esquema de corrupção, Cunha saiu em defesa do atual presidente da Câmara, deputado Henrique Alves (PMDB-RN). “Acho um absurdo colocar em dúvida a biografia de uma pessoa como o Henrique, com 44 anos de Casa. Fala-se que há uma citação contra ele, mas não o quê. Há de se convir que é necessário ter cautela”, disse Cunha. O líder do PMDB disse ainda ter a “presunção da inocência de todos”.

Com o apoio de partidos da base e da oposição, Cunha é apontado como o favorito para vencer a disputa à presidência. Ele tem como adversários o petista Arlindo Chinaglia (PT-SP), que já foi presidente da Casa, e o deputado Júlio Delgado (PSB-MG). “O Chinaglia é o candidato submisso ao governo. O Delgado é o candidato da oposição. Eu estou ali [no meio termo]”, disse, em uma tentativa de reforçar o discurso de independência ao Palácio do Planalto.

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