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Cardozo prega que disputa política fique de lado durante a crise

Em fórum da revista EXAME, ministro da Justiça rechaçou prática de levar para o lado político questões importantes para a retomada do crescimento do país

Por Eduardo Gonçalves e Nicole Fusco
31 ago 2015, 19h07

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, propôs nesta segunda-feira que as disputas políticas sejam colocadas de lado durante a crise econômica que o país atravessa. Repetindo o discurso oficial do governo, ele pregou a união e o diálogo, e defendeu um cenário bastante agradável para o Planalto, em que o confronto entre situação e oposição seja adiado para as eleições. “Não vou nominar ninguém. São todas as forças políticas e sociais do país. Eu acho que vivemos um momento de crise e é necessário que nos unamos e tenhamos convergência. Vamos deixar nossas divergências para um outro momento: o momento da disputa eleitoral, o momento do palanque, o momento do voto”, afirmou o ministro durante fórum promovido em São Paulo pela revista EXAME, da Editora Abril, que também publica VEJA.

Insistindo no discurso de “união”, o ministro ainda deu a entender que a presidente Dilma Rousseff vai chamar para conversar representantes da oposição, como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha – apesar de ser do PMDB, partido da base aliada, Cunha rompeu com o governo após se ver envolvido no esquema do petrolão. Perguntado diretamente sobre um possível encontro entre Dilma e Cunha, Cardozo respondeu: “A conversa entre presidentes das Casas é totalmente natural”, afirmou.

Discursando para uma plateia formada por empresários, Cardozo chamou de “infantilidade política” a prática de priorizar diferenças partidárias na discussão de questões importantes para a retomada do crescimento econômico. Segundo ele, há muitos políticos, mas poucos estadistas no país. “Às vezes, o Estado tem que prevalecer. As pessoas têm que ter a grandiosidade de sentar e conversar”, disse Cardozo, reconhecendo que, no passado, o PT também fez oposição a medidas importantes para o desenvolvimento do país, como a resistência ao plano real na época da administração do ex-presidente Itamar Franco. Cardozo não citou exemplos, mas disse que fazia “uma crítica generalizada a todos os partidos políticos, inclusive ao meu”.

Questionado sobre o possível afastamento da presidente Dilmar Rousseff, Cardozo enfatizou que a tese do impeachment “não tem o menor cabimento jurídico”. “Infelizmente, ainda existe no Brasil a ideia de que somos uma República das bananas, na qual você retira governantes de acordo com a conjuntura”, disse o ministro, que foi hostilizado ontem por manifestantes pró-impeachment, que protestavam na Avenida Paulista, no centro de São Paulo.

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