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Cardozo diz que é ‘indevido’ associar Lula à Lava Jato

Nova fase da operação que investiga o petrolão mira imóveis no condomínio Solaris, no Guarujá. PF suspeita de esquema de lavagem para camuflar propina da Petrobras

Por Da Redação
27 jan 2016, 23h17

O ministro da Justiça José Eduardo Cardozo afirmou na noite desta quarta-feira que é “indevido” associar o ex-presidente Lula à nova fase da Operação Lava Jato, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro na compra de apartamentos no condomínio Solaris, no Guarujá (SP).

“O ex-presidente Lula não está sendo investigado, nem me parece que, na operação de hoje, tenha sido determinada qualquer medida investigativa com relação à figura do ex-presidente Lula. Portanto, quaisquer outras situações que possam estar sendo colocadas ou veiculadas são especulações absolutamente indevidas”, afirmou Cardozo em entrevista na sede do Ministério da Educação, durante lançamento de uma força-tarefa de combate a desvios de recursos na área.

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta a 22ª fase da Lava Jato, batizada de Triplo X, que investiga a atuação casada entre a offshore Murray e a empreiteira OAS. As suspeitas são de que imóveis no condomínio Solaris, construídos pela OAS, possam estar sendo utilizados para camuflar o pagamento de propina do petrolão.

Em abril do ano passado, VEJA revelou que, depois de um pedido feito por Lula ao então presidente da OAS, Léo Pinheiro, a empreiteira assumiu a construção de prédios da cooperativa. O favor garantiu a conclusão das obras nos apartamentos do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, enquanto outros cooperativados ainda aguardam – e brigam na justiça – para conseguir receber seus imóveis. Conforme revelou VEJA nesta semana, no processo que tramita em São Paulo, Lula será denunciado por ocultação de propriedade.

Lula – Uma nota publicada no perfil oficial de Lula no Facebook na noite desta quarta afirma que o ex-presidente “repudia qualquer tentativa de envolver seu nome em atos ilícitos investigados na chamada Operação Lava Jato”. O comunicado diz ainda que o petista não foi citado na decisão do juiz Sergio Moro e que “Lula não ocultou patrimônio, não recebeu favores, não fez nada ilegal”.

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Sobre a relação do ex-presidente com o tríplex no Guarujá, a nota diz:

“Lula nunca escondeu que sua família comprou, a prestações, uma cota da Bancoop para ter um apartamento onde hoje é o edifício Solaris. Isso foi declarado ao Fisco e é público desde 2006. Ou seja: pagou dinheiro, não recebeu dinheiro pelo imóvel.

Para ter o apartamento, de fato e de direito, seria necessário pagar a diferença entre o valor da cota e o valor do imóvel, com as modificações e acréscimos ao projeto original. A família do ex-presidente não exerceu esse direito.”

(Com Estadão Conteúdo)

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