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Candidatos nacionalizam o segundo debate no Rio

Posições sobre impeachment viram motivo de brigas entre candidatos. Foco das críticas continua em Pedro Paulo (PMDB)

Por Luisa Bustamante
Atualizado em 10 set 2016, 02h35 - Publicado em 10 set 2016, 02h21

O cenário de instabilidade política do país deu o tom do segundo debate para prefeito do Rio, transmitido nesta sexta-feira (9) em parceria com Veja, Redetv!, Facebook e portal Uol. O impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, a cassação do mandato do deputado Eduardo Cunha e divergências partidárias viraram motivo de confrontos acirrados entre os candidatos, que assumiram uma postura mais combativa que a da última transmissão, pela TV Bandeirantes.

Ausente no último debate, Marcelo Freixo (PSOL) criticou mudanças na legislação que tiraram partidos nanicos dos confrontos televisivos e defendeu a cassação do mandato do deputado Eduardo Cunha na próxima segunda-feira pela Câmara dos Deputados. Flávio Bolsonaro (PSC) abriu seu discurso com um “Tchau, querida”, uma defesa do impeachment de Dilma Rousseff, enquanto Jandira Feghali (PC do B) levantou a bandeira do “Fora Temer”.

A briga entre petistas e tucanos apareceu em perguntas e respostas de Jandira Feghali (PC do B), candidata apoiada pelo PT no Rio, e o tucano Carlos Osório (PSDB). Ambos trocaram farpas e travaram um embate sobre qual dos dois partidos foi responsável pelo crise econômica no país. Pouco antes das considerações finais, Jandira e Marcelo Crivella (PRB) discutiram sobre o apoio ao PT e a destituição da ex-presidente Dilma da presidência.

Jandira acusou o senador de trair o governo petista, do qual fez parte como ministro da Pesca. “Não sei se você é Pilatos ou Judas”, disse. Crivella, que votou a favor do impeachment, respondeu que não é possível ignorar as acusações de corrupção na Petrobras. “Eu sou justo, não dá para passar a mão na cabeça de quem errou”, respondeu.

Assim como no último debate, o candidato do prefeito Eduardo Paes, Pedro Paulo Carvalho (PMDB), foi alvo das principais críticas dos candidatos. Alessandro Molon (Rede) abriu a artilharia sugerindo que a falta de transparência do município facilita desvio de dinheiro público. Na fase do confronto entre candidatos, Freixo e Índio da Costa (PSB) focaram no tema da violência contra a mulher. O candidato do PSB citou um projeto de lei que impede agressor de mulher de ser candidato. Nesse momento, Pedro Paulo, que teve uma acusação de agressão à ex-mulher arquivada pelo Supremo Tribunal Tribunal Federal, pediu direito de resposta. A solicitação foi negada, porque o candidato não foi citado nominalmente pelos rivais.

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Uma dobradinha entre Freixo e Crivella citou a denúncia, revelada por VEJA, de que o programa de governo do candidato do PMDB é copiado de um estudo pago pela prefeitura por 7 milhões de reais. Coube também ao candidato do PSOL relembrar o episódio em que o prefeito Eduardo Paes sugeriu a uma moradora “trepar muito” durante a entrega das chaves de um apartamento no Morro da Babilônia. Freixo arrancou aplausos da plateia ao afirmar que o governo do PMDB “não respeita mulheres negras nem na entrega de chaves” ao responder a pergunta de uma carioca, negra, sobre educação.

Os candidatos não aliviaram nem mesmo a proposta de Pedro Paulo de ampliar o horário integral para todas as escolas da rede municipal. Segundo Indio, a prefeitura não cumpre com horário integral nas recém-inauguradas Escolas do Amanhã. O candidato do PSB afirmou que as unidades se tornaram “depósitos de crianças” por não oferecerem atividades durante o período da tarde. Ainda no tema educação, Bolsonaro defendeu a bandeira do Escola sem Partido, projeto que é classificado como “lei da mordaça” por professores.

O polêmico tema sobre a legalização das drogas fomentou provocações entre Freixo e Bolsonaro, candidatos que defendem ideologias radicalmente opostas. Bolsonaro perguntou ao rival se ele levaria a Marcha da Maconha a todas as cidades do Rio e se proporia um “projeto contra a larica”. Freixo aproveitou o momento para fazer uma referência ao deputado federal Jair Bolsonaro, pai de Flavio. “Você não tem problemas, você herda”, disparou. “O Rio é uma cidade, e portanto, não poderia ter municípios como você disse”.

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