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Candidato oficial, Campos poupa FHC e Lula e ataca Dilma

Em evento do PSB, presidenciável diz que legado do primeiro mandato de Dilma será 'um país pior'

Por Marcela Mattos e Talita Fernandes, de Brasília
29 jun 2014, 14h13

No seu primeiro dia oficializado como candidato à corrida presidencial, Eduardo Campos elogiou as gestões de Fernando Henrique Cardoso e de Lula e concentrou os ataques na presidente Dilma Rousseff. Durante evento do PSB em Brasília, Campos afirmou que o país precisa resgatar a Petrobras, envolvida em uma série de escândalos, e criticou a herança a ser deixada pela petista depois de seus quatro anos de governo: “Pela primeira vez na história recente da democracia nós vamos ver um presidente entregar o país pior do que recebeu”, afirmou a uma plateia de cerca de 600 militantes do partido. Candidata a vice na chapa, Marina Silva não participou do evento.

Durante o pronunciamento de vinte minutos, Campos lembrou que esteve na oposição durante os dois mandatos de FHC e, mesmo assim, reconhece que o tucano “entregou ao presidente Lula um país melhor do que recebeu”. E continuou: “Nós vimos o presidente Lula entregar a Dilma um país melhor, mais animado, posicionado internacionalmente com protagonismo”. Para ele, Dilma vai concluir seu mandato sem dar sequência às melhorias. “Isso explica – sem aqui precisar usar de nenhum adjetivo para ferir a pessoa da presidente, a quem nós respeitamos, mas [de quem] divergimos – porque há um enorme desejo de mudança”, ressaltou.

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Campos enumerou a série de promessas apresentadas ontem durante convenção que sacramentou a chapa com Marina Silva e, desta vez, direcionou as críticas à Petrobras, atualmente investigada pela Polícia Federal, Ministério Público e Tribunal de Contas da União (TCU) por suspeitas de corrupção e recebimento de propina – Dilma era presidente do Conselho de Administração da estatal quando a superfaturada refinaria de Pasadena, no Texas, foi comprada. “Nós precisamos resgatar a Petrobras, essa empresa que é símbolo do país, feita por pessoas honrosas que se constrangem de vê-la parar nas páginas de polícia”. O candidato afirmou que colocará a energia no centro dos debates e acrescentou que o Brasil precisa “aprender a produzir mais com menos energia, o que não foi feito até agora”.

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Um dos principais entraves da aliança entre o PSB e a Rede, partido que Marina Silva ainda tenta tirar do papel, as alianças estaduais também foram citadas pelo candidato. Campos tentou minimizar as contradições nas coligações firmadas em alguns Estados, entre eles Rio e São Paulo, onde o PSB se uniu ao PSDB e ao PT, respectivamente. Segundo o candidato, as alianças foram uma decisão “democrática” dos Estados. “O povo brasileiro que não tem filiação partidária não quer saber se a coligação em tal Estado é assim ou assado. Quer saber se tem na política alguém disposto a fazer um debate que não é só dos políticos, mas é do seu mundo, da sua pauta e da sua trajetória”, disse, ao acrescentar que o partido “sai completamente unido desse processo”.

Na lanterna nas pesquisas eleitorais – estagnado na casa dos 10% – e com tempo de televisão menor em comparação a Dilma e Aécio, Campos defendeu que uma campanha não precisa apenas de dinheiro e tempo de TV. “Eleição não se ganha com estrutura e dinheiro, mas sim com história e posicionamento correto. Nossa posição tem a ver com a nossa história e com o que Brasil está vivendo neste momento”, disse. Ele ainda aproveitou para criticar a troca de ministérios feita na última semana por Dilma, pressionada pelo PR, para garantir o apoio da sigla à sua candidatura e, consequentemente, mais tempo de exposição na propaganda eleitoral. A presidente substituiu o então ministro das Cidades, César Borges, por Paulo Sérgio Passos, ambos do PR. “Nós não podemos ficar no pragmatismo absoluto em que tempo de TV possa ser trocado por ministérios à luz do dia diante de uma sociedade perplexa. Nós vamos fazer uma campanha modesta, pobre, mas decente e com ideias”, disse.

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