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Candidatas a vice criticam Bolsonaro na véspera de protesto

Manuela D'Ávila, Ana Amélia, Katia Abreu e Sonia Guajajara participaram de debate nesta sexta-feira

Por Estadão Conteúdo 28 set 2018, 17h07

O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, foi o principal alvo de ataques nas declarações de quatro candidatas a vice-presidente durante o debate desta sexta-feira, promovido pelo jornal El País e pelo instituto de pesquisas Locomotiva.

Participaram do evento as quatro mulheres que concorrem como vice nas chapas presidenciais: Manuela D’Ávila (PCdoB), vice de Fernando Haddad (PT); Ana Amélia (PP), vice de Geraldo Alckmin (PSDB); Kátia Abreu (PDT), vice de Ciro Gomes; e Sônia Guajajara (PSOL), vice de Guilherme Boulos .

As candidatas fizeram críticas à chapa do PSL, que lidera as pesquisas de intenção de voto. Neste sábado, estão previstos diversos atos do movimento #EleNão, contra Bolsonaro, em todo o país.

“Além de antidemocrático, Bolsonaro não tem compromisso nenhum com as bases para a construção da igualdade”, disse Manuela d’Ávila. “Ele defende surra corretiva para LGBTs, diz que mulheres podem ser estupradas de acordo com suas características físicas. Temos que ter clareza da origem (do ódio na política do Brasil). Começou no impeachment. E agora estamos reagindo a um conjunto de ódios”, disse a candidata. “Nós não fomos colocadas nesses lugares. Caminho há vinte anos com minhas pernas, tive quatro mandatos. Imaginar que os partidos dispõem de seus quadros mulheres apenas reproduz um crítica de caráter machista. Para nós, a presença de mulheres na chapa aumenta a qualidade democrática.”

Questionada sobre um possível avanço de Bolsonaro para o segundo turno, Ana Amélia disse estar convicta de que Alckmin vai seguir na disputa e falou na necessidade de um país mais “tolerante”. “Estou nesta chapa para contribuir para a evolução democrática. Temos que ter um país mais tolerante na questão racial, de gênero, religiosa e não podemos perturbar o ambiente mais do que já está”, defendeu a senadora. “O espaço que ocupamos já é uma percepção clara de que os candidatos trazem a mulher para o protagonismo. Não é o mais importante, mas é um primeiro avanço. Temos que continuar insistindo para que tenham percepção clara da nossa relevância.”

Katia Abreu chamou Bolsonaro de “fascistóide” e que as manifestações de mulheres contra o candidato é justa. “O movimento é muito apropriado. É apenas a consequência e a reação justa das mulheres contra esse fascistoide, reacionário que quer nos puxar para trás. Não vamos permitir.”. A candidata a vice na chapa de Ciro Gomes também disse que um militar “jamais” deixaria sua “obediência irrestrita” às Forças Armadas para virar um “grande democrata”. “Onde o Exército sentou no Executivo, deu porcaria. Me dê um exemplo diferente que não tenha virado ditadura. No Brasil, inclusive. Espanha, França, Alemanha, aqui no Chile… não deu certo em lugar nenhum.”

Sonia Guajajara destacou o potencial das mulheres na definição do resultado eleitoral – elas representam 52% do eleitorado brasileiro, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “O Brasil ainda não superou o machismo e vê o avanço do fascismo. As mulheres vão fazer a diferença nessas eleições. Quem vai acabar com a esta invisibilidade e do papel secundário que impõem sobre nós, somos nós mesmas” afirmou a vice de Boulos.

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