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Campanha na TV começa nesta terça para esquentar eleições

Em São Paulo, petistas apostam na TV para alavancar candidatura de Fernando Haddad, que terá de enfrentar a experiência de Celso Russomanno e José Serra à frente das câmeras

Por Cida Alves e Thais Arbex
21 ago 2012, 07h45

Nesta terça-feira, começa o horário eleitoral gratuito na televisão e no rádio, com a expectativa de esquentar o clima de disputa para prefeitos nas cidades brasileiras. Para os candidatos, a campanha tem início agora, já que esses dois veículos de massa são os responsáveis por fazer chegar a mensagem dos políticos a 60% do eleitorado, segundo pesquisas.

Em São Paulo, o tempo de TV é preocupação dos partidos há muito tempo. Durante o período de alianças, cada segundo era decisivo na escolha da legenda aliada, o que gerou, inclusive, saia-justa para o candidato petista Fernando Haddad, que fechou com o PP de Paulo Maluf. A aliança foi oficializada na casa de Maluf e registrada em fotografias, o que causou a renúncia da então candidata a vice na chapa, Luiza Erundina (PSB).

Estagnado nas pesquisas por ser quase desconhecido do eleitorado paulistano, o ex-ministro da Educação e seu padrinho político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apostam todas as fichas no horário eleitoral para que a candidatura decole. Segundo a última pesquisa do Datafolha, o candidato petista está com apenas 8% de intenção de voto, bem atrás de Celso Russomanno (PRB), com 31%, e José Serra (PSDB), com 27%.

E é especialmente contra a experiência desses dois candidatos que o estreante Haddad terá de fazer frente. Russomanno vem da TV, onde protagonizava um quadro sobre Defesa do Consumidor antes de se candidatar. Conhecedor da linguagem televisiva, o candidato deve utilizar essa bandeira também no seu horário eleitoral.

José Serra tem a experiência de outras disputas eleitorais a seu favor. “Sem dúvida eles levarão vantagem em cima do Haddad, por mais mídia training que ele faça”, afirma Carlos Manhanelli, presidente da Associação Brasileira dos Consultores Políticos e professor da Pontifícia Universidade de Salamanca, na Espanha.

Manhanelli explica que, mesmo com a internet e as redes sociais, a TV ainda é o principal veículo quando o assunto é marketing político. Com os veículos digitais, consegue-se atingir, no máximo, 9% do eleitorado.

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Estratégia de guerra – O especialista compara as atividades de campanha às estratégias de guerra. “Normalmente, uma guerra começa com o ataque da artilharia, e depois com a infantaria”, explica. Na eleição, a lógica seria a mesma. “Primeiro o candidato deve dar importância à artilharia, que são as mídias de massa – televisão e rádio. Depois vem a infantaria, que seria o corpo a corpo com o eleitor. Essa é a lógica que todos os coordenadores de campanha estão usando.”

Na guerra da campanha, os candidatos devem usar artilharia pesada. Com a certeza de que é uma figura conhecida dos eleitores de São Paulo, José Serra deve apostar no popular para chamar ainda mais atenção. Um clipe de 50 segundos com o hit Eu Quero Tchu, Eu Quero Tcha, adaptado para a campanha tucana, será veiculado no horário eleitoral. Os efeitos visuais da propaganda política do candidato tucano serão inspirados nos da novela Avenida Brasil, da Rede Globo.

Haddad usará o programa de estreia para fazer análise dos principais problemas da cidade e apresentar ao eleitorado mudanças, especialmente em áreas como transporte público e saúde. O ex-ministro, que será o narrador da peça, aparecerá na maior parte do programa sem Lula, que virá apenas no final, pedindo votos nos jardins do Museu do Ipiranga.

Os petistas contam o horário eleitoral gratuito na televisão para fazer com que os eleitores passem a identificar Haddad como o candidato do Lula e presidente Dilma Rousseff. Também serão usadas imagens em que o ex-ministro aparece discursando, ao lado da mulher, Ana Estela, e dos filhos, Frederico e Carolina, no evento em que o PT oficializou sua candidatura. A biografia do ex-ministro será apresentada nos programas seguintes, com depoimentos intimistas da família e dos amigos. O marqueteiro João Santana já deixou prontos cinco programas do candidato petista e ao menos outros oito roteiros já estão definidos.

Veja também:

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Serra a VEJA: ‘Quero debater a cidade, não especular sobre 2014’

Celso Russomanno a VEJA: “Eu dou audiência”

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