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Campanha de Bolsonaro deve custar 50 vezes mais que em 2018

Na eleição anterior ele parou de circular após sofrer atentado; agora, custos de logística serão mais altos e TV terá mais importância do que redes sociais

Por Letícia Casado 24 abr 2022, 08h58

A campanha à reeleição de Jair Bolsonaro (PL) deve custar 50 vezes mais do que em 2018. Naquele ano, ele declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) gastos na ordem de R$ 2,8 milhões – e teve as contas aprovadas com ressalvas. Agora, o entorno do presidente estima que ele vá precisar se valer do teto permitido por lei, que ainda não foi definido mas deve ficar em torno de 150 milhões de reais, somados os primeiro e segundo turnos da eleição.

A última campanha bolsonarista foi prematuramente interrompida quando o candidato, em 6 de setembro, foi vítima de um atentado à faca enquanto cumpria agenda política em Juiz de Fora (MG). O episódio, segundo apoiadores, teve como efeito direto no caixa do PSL, legenda que o abrigava na ocasião, a paralisação de despesas correntes, como viagens e transporte do presidenciável. Na corrida deste ano ao Palácio do Planalto, outros fatores nada relacionados à agressão que quase tirou a vida do presidente vão forçar o aumento dos gastos no projeto de reeleição. O principal deles é o transporte.

O consórcio de partidos que dão sustentação à administração bolsonarista estima de serão necessários quase 20.000 reais por hora apenas em combustível aeronáutico para garantir o deslocamento do ex-capitão por agendas com apoiadores, fora um robusto esquema de segurança. “São 17.000 reais por hora só com combustível e ele vai ter que usar avião todo dia”, afirma o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

Para além da locomoção e de uma equipe especial de policiais para sua segurança, Bolsonaro se prepara para investir pesado em estratégias de marketing e em peças para a TV. O entorno do presidente diz que ele precisará apresentar as realizações do governo que, segundo seus aliados, foram boicotadas pela grande mídia. Ele vai à TV promover programas como Auxílio Brasil e a renegociação de dívidas do Fies, entre outras bondades eleitorais, repetir o discurso de que teve responsabilidade com a vacinação na pandemia e dizer que foi protagonista no fortalecimento do SUS. A ideia é que a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também esteja presente na propaganda eleitoral, que começa pouco mais de um mês antes do primeiro turno, para defender programas sociais e em favor de pessoas portadoras de deficiência.

“A gente vai para uma eleição com uma estrutura partidária muito mais robusta e profissional. Vamos mostrar o que a gente fez e desconstruir outro lado. E comunicar bem as mensagens em vídeo, nos programas eleitorais ou nas redes sociais. Não adianta só trazer conteúdo, tem que sensibilizar as pessoas”, diz o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), um dos coordenadores da campanha do pai. “Nossa base são as classes C, D, E, a maior parte do nosso eleitorado que não está sabendo o que o governo fez. É preciso adotar estratégia para chegar nessa população e descobrir o que ela tem interesse em saber”, completa o deputado Capitão Augusto, vice-presidente do PL.

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