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Camata aumenta lista de políticos assassinados; relembre casos no Brasil

Lista de casos com grande repercussão inclui prefeitos que estavam em atividade, governadores e senadores

Por Diego Freire Atualizado em 27 dez 2018, 20h41 - Publicado em 26 dez 2018, 22h10

O assassinato de Gerson Camata, ex-senador e ex-governador do Espírito Santo, nesta quarta-feira 26, amplia uma lista desoladora da história brasileira: a de políticos assassinados. No caso de Camata, distante de cargos eletivos desde 2011, o crime foi motivado por uma ação judicial movida por ele contra seu ex-assessor, Marcos Venício Moreira Andrade, que o acusou de corrupção no passado e confessou ser o autor dos disparos.

 

 

Relembre alguns casos de grande repercussão de políticos que foram assassinados no país:

 

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Marielle Franco foi assassinada durante mandato como vereadora do Rio de Janeiro (Reprodução/Reprodução)

Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro – 14 de março de 2018

Vereadora do PSOL, Marielle foi assassinada em um crime ainda não completamente desvendado. Seu motorista, Anderson Pedro Gomes, também morreu quando o carro em que estavam foi emparelhado por outro veículo e atingido por tiros, na região central do Rio de Janeiro. Investigado como um dos envolvidos no caso, o vereador Marcello Siciliano (PHS), ex-colega de Marielle, se declarou “indignado” quando prestou depoimento. A investigação aponta que milícias da cidade seriam interessadas na morte da política.

 

O então prefeito de Jandira, Braz Paschoalin – 15/03/2010 (Tiago Henrique da Silva/Futura Press/VEJA/Dedoc)

Braz Paschoalin – prefeito de Jandira (SP) – 10 de dezembro de 2010

Paschoalin foi assassinado durante seu terceiro mandato como prefeito de Jandira, cidade na Grande São Paulo. Na manhã de uma sexta-feira, teve seu carro alvejado por mais de 10 tiros que partiram de outro veículo, quando se aproximava da sede de uma rádio, na qual participava de um programa semanalmente. Os criminosos foram encontrados horas depois, tentando incendiar o automóvel com o qual realizaram o crime. Entre acusados, presos posteriormente sob suspeita de serem mandantes do crime, estão um ex-secretário municipal e empresários.

 

Celso Daniel, então prefeito de Santo André, em entrevista coletiva – 28/05/1997 (Itamar Miranda/Estadão Conteúdo/VEJA/Dedoc)

Celso Daniel, prefeito de Santo André (SP) – 18 de janeiro de 2002

Sequestrado quando deixava uma churrascaria, o então prefeito de Santo André Celso Daniel teve seu corpo encontrado com onze tiros e sinais de tortura, dois dias depois, na estrada da Cachoeira, em Juquitiba (SP). A investigação da época concluiu que o caso foi uma extorsão seguida de morte, com a prisão de seis integrantes de uma quadrilha na zona sul de São Paulo. No entanto, pessoas próximas de Daniel prontamente levantaram a suspeita de crime político, apontando que o prefeito conhecia detalhes de esquemas de corrupção envolvendo seu próprio partido, o PT.

 

Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT – 06/10/2000 (Moacyr Lopes Junior/Folhapress)

Toninho do PT, prefeito de Campinas (SP) – 10 de setembro de 2001

O prefeito, filiado ao PT, estava próximo de completar o primeiro ano no cargo, quando foi assassinado. Ele se encontrava em seu carro e recebeu três tiros vindos de outro automóvel. O inquérito do caso concluiu que criminosos em fuga dispararam após serem “fechados” no trânsito. Familiares e ex-colegas de Toninho, porém, denunciaram motivações políticas, levando em conta ações de seu mandato contra esquemas de corrupção na cidade, além de possível envolvimento de figuras do próprio partido. A cobertura de sua morte coincidiu com os ataques terroristas ao World Trade Center, em Nova York, na manhã seguinte.

 

O então governador do Acre, Edmundo Pinto – 23/03/1992 (Ailton de Freitas/Folhapress)

Edmundo Pinto, governador do Acre – 17 de maio de 1992

Hospedado em um hotel em São Paulo, o então governador do Acre foi morto a tiros por criminosos que roubaram 500.000 cruzeiros de seu quarto, entre roubos a outros inquilinos. Edmundo Pinto tinha depoimento marcado naquela semana para uma CPI no Congresso sobre desvios de verbas do FGTS, em caso envolvendo outros políticos. Apesar das suspeitas de crime político, a polícia concluiu o caso como latrocínio (roubo seguido de morte).

 

José Kairala, senador do PTB-AC, morto a tiros por Arnon de Mello, do PDC-AL, durante uma briga com Silvestre Péricles de Góes Monteiro, do PTB-AL, no plenário do Senado – 04/12/1963 (Manoel Soares/Agência O Globo/VEJA/Dedoc)

José Kairala, senador pelo Acre – 4 de dezembro de 1963

Kairala foi atingido durante uma sessão do Senado, vítima de disparo efetuado por um colega da Casa. Na ocasião, Arnon de Melo  (pai do ex-presidente Fernando Collor) discursava se defendendo de denúncias, quando foi interrompido pelo também senador Silvestre Péricles de Góis Monteiro, ambos representantes do estado de Alagoas. Melo sacou uma arma e tentou atirar contra Péricles, porém acertou o acriano, que não resistiu. Preso em flagrante, Arnon Melo foi inocentado posteriormente em julgamento.

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