Câmara do Rio decide nesta terça se abre impeachment de Crivella
Ação movida por servidor da prefeitura acusa prefeito de prorrogar contrato de locação de mobiliário sem necessidade. É a segunda ação do tipo em cinco dias
Foi protocolado nesta segunda-feira, 1º, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, mais um pedido de impeachment do prefeito Marcelo Crivella (PRB). É o segundo em cinco dias – o primeiro, apresentado na quinta-feira 28, não foi admitido pelo presidente da Casa, o vereador Jorge Felippe (MDB), por não tratar de crime de responsabilidade.
O novo pedido será publicado na edição do Diário Oficial da Câmara nesta terça-feira, 2, e terá a admissibilidade votada pelos vereadores às 16h. Se mais da metade dos parlamentares presentes à sessão decidir que a ação procede, o processo será aberto e uma comissão processante com três vereadores será criada, com prazo de cinco dias para iniciar os trabalhos.
O pedido de impeachment de Crivella que será analisado nesta terça foi protocolado por um funcionário da prefeitura – Fernando Lyra Reys, fiscal da Secretaria Municipal de Fazenda. Ele acusa o prefeito de ter praticado crime de responsabilidade em dezembro de 2018, quando sua gestão renovou um contrato com duas empresas que fornecem mobiliário para a administração carioca.
De acordo com a acusação, o contrato firmado em 1998 previa que a prefeitura pagasse pelo material durante vinte anos. Depois disso, o mobiliário passaria a pertencer ao município. A renovação do contrato representa prejuízo para a administração pública, diz o fiscal, para quem, se fosse o caso de contratar uma empresa para fornecer o mobiliário, seria preciso haver licitação.
Consultada pela reportagem, a prefeitura afirmou nesta segunda-feira que não vai se manifestar sobre o pedido.
(com Estadão Conteúdo)