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Câmara aprova orçamento de R$ 42 bilhões para Haddad

Valor foi mantido pelos parlamentares, mesmo diante das vultosas promessas de campanha do novo prefeito. Proposta foi aprovada por 46 votos a 2

Por Da Redação
18 dez 2012, 18h48

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta terça-feira, em segunda votação, o orçamento para 2013, primeiro ano da gestão de Fernando Haddad (PT). Para o próximo ano, o atual prefeito, Gilberto Kassab (PSD), propôs um orçamento de 42.041.788.033 de reais – valor 8,5% superior ao autorizado para 2012. O substitutivo da Comissão de Finanças e Orçamento ao projeto de lei 424/2012 foi aprovado por 46 votos favoráveis, 2 contra e nenhuma abstenção. Os vereadores aprovaram 1.079 emendas ao projeto, que segue agora para sanção do prefeito. O valor foi mantido pelos parlamentares, mesmo diante das promessas de campanha de Haddad que devem implicar em gastos significativos, como as obras do Arco do Futuro, a construção de hospitais e unidades de saúde e o fim da taxa de inspeção veicular. Assim, Haddad terá de remanejar os recursos por decreto, em um limite de até 15% do valor total do orçamento – uma prática da atual gestão que sempre havia sido criticada pelo PT. O dinheiro previsto para o pagamento de subsídios da passagem de ônibus, por exemplo, continuou estimado em 660 milhões de reais, mas só este ano já foram gastos 940 milhões de reais para este fim. Além disso, a equipe de Haddad estimava que pelo menos mais 400 milhões de reais seriam necessários para garantir a implementação do Bilhete Único Mensal prometido pelo novo prefeito. “Se neste ano, em que a passagem de ônibus não teve aumento, o subsídio já chegou a 940 milhões de reais, com essa previsão de subsídio vamos ter uma passagem que pode chegar a 4 reais no ano que vem”, afirmou o líder da bancada tucana, Floriano Pesaro (PSDB). Também não houve previsão para garantir a isenção da taxa de inspeção veicular, outra promessa de campanha do petista. Essa verba estava estimada em cerca de 180 milhões de reais. Para não criar atritos com a base kassabista, Haddad não forçou sequer a redução do valor total do orçamento calculada pela atual gestão, que sua equipe acreditava estar superestimada em cerca de 2 bilhões de reais. Tumulto – A votação foi marcada por controvérsias. Uma decisão judicial notificada hoje à Câmara ameaçou impedir a votação do orçamento. A 3ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou que os vereadores incluíssem na lei 193 milhões de reais para o pagamento de precatórios aos pensionistas do município. O valor havia sido cancelado do orçamento de 2008 pelo Superintendente do Instituto de Previdência do Município de São Paulo (IPREM) e a Justiça considerou que isso não poderia ter sido feito. Houve discussão sobre de onde tirar a verba necessária para cobrir essa nova dotação, mas depois se decidiu retirar o valor que será pago aos pensionistas dos 4 bilhões de reais previstos para o pagamento de precatórios. “Isso é ilegal. Temos de respeitar a fila dos precatórios. Não podemos simplesmente colocar os pensionistas na frente dos outros”, disse Cláudio Fonseca (PPS), um dos vereadores contrários à decisão. Outra confusão foi causada pela participação da vereadora Juliana Cardoso (PT) na votação do projeto. Ela estava de licença médica mas, mesmo assim, foi ao plenário e registrou seu voto favorável ao orçamento. Depois de novo tumulto, o voto da vereadora foi cancelado pela Mesa Diretora. Apenas Aurélio Miguel (PR) e Adilson Amadeu (PTB) votaram contra. (Com Estadão Conteúdo)


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