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Cachoeira participou da venda da casa de Marconi Perillo

Gravações feitas pela PF mostram o bicheiro mandando que o dinheiro da transação fosse levado ao Palácio das Esmeraldas, sede do governo de Goiás

Por Da Redação
11 jun 2012, 14h12

Gravações feitas pela Polícia Federal revelam que o contraventor Carlinhos Cachoeira participou diretamente da venda da casa do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Segundo informações publicadas pelo jornal O Globo, o bicheiro mandou, inclusive, que o dinheiro da venda fosse levado ao Palácio das Esmeraldas, sede do governo do estado.

A conversa entre o ex-vereador Wladimir Garcez (PSDB-GO) e Cachoeira foi gravada às 8h23 do dia 12 de julho de 2011. A escritura da venda do imóvel aconteceu um dia depois do telefonema.

Na gravação, Cachoeira demonstra pressa na conclusão da transação e manda Garcez fechar o negócio no mesmo dia: “Vende este trem hoje, hein. Pega o dinheiro logo, urgente”. Em seguida, o contraventor pede para o ex-vereador entregar o dinheiro a Perillo. “Fala: é pro governador. Vamos lá pagar ele logo no Palácio, chega lá pro Jayme (Jayme Rincón, presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras). Já manda ele levar o dinheiro. Já entrega a chave pra ele, entendeu. Depois tira os trens que tem que tirar aqui”, fala Cachoeira.

Perillo prestará depoimento à CPI nesta terça-feira. Até agora, o governador tem afirmado que recebeu três cheques pela casa, vendida ao empresário Walter Paulo Santiago, e que o negócio foi intermediado por Garcez. Embora os cheques tenham sido assinados por um sobrinho de Cachoeira, Perillo garante que não sabia disso. Walter Paulo, entretanto, disse que pagou pelo imóvel 1,4 milhão de reais em dinheiro vivo, com “notas de 50 e 100 reais”.

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Outro trecho das gravações divulgadas pelo O Globo mostram o contraventor dizendo para Garcez argumentar com Walter Paulo que não seria bom pedir um desconto muito grande na transação, uma vez que ele podia se transformar no candidato a vice numa chapa encabeçada pelo senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). “Já resolve isso logo. Vai baixando, de 2,3 milhões de reais para 2,2 milhões de reais. Vamos fechar isso aqui logo. O cara não pode ter má impressão sua não. Mexer com picuinha. Você vai ser o vice do Demóstenes”, orienta Cachoeira.

Na semana passada, em depoimento à CPI, Walter Paulo apresentou um recibo no valor de 1,4 milhão de reais em nome de Garcez e Lúcio Fiúza, assessor especial de Perillo que pediu exoneração do cargo na última semana.

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