Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Cabral nomeou secretário para manter esquema de propina, diz MPF

Sérgio Côrtes, ex-secretário de Saúde do Rio, foi nomeado por Cabral em janeiro de 2007. Segundo procuradores, os valores encontrados ainda podem aumentar

Por Da redação
Atualizado em 16 Maio 2017, 15h35 - Publicado em 16 Maio 2017, 12h08

O Ministério Público Federal (MPF) afirmou que o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) nomeou o ex-secretário de Saúde Sérgio Côrtes para que o esquema de propina, revelado na Operação Fatura Exposta, pudesse continuar da Secretaria de Saúde do Estado.

De acordo com os procuradores, Côrtes e outros aliados de Cabral mantinham cargos estratégicos que tinham como objetivo a manutenção da propina que, segundo o MPF, foi instituída desde que Cabral assumiu o governo, em 2007. “Sérgio Côrtes foi nomeado para transferir o esquema do Into para o sistema de saúde”, afirmou o procurador José Augusto Vagos. Ainda de acordo com Vagos, a investigação da Operação Fatura Exposta é “a ponta do iceberg na corrupção da saúde do Rio”.

Na manhã desta terça-feira, Cabral e outros seis envolvidos no esquema foram formalmente denunciados por corrupção passiva, ativa e organização criminosa por irregularidades cometidas na Secretaria Estadual de Saúde, entre 2007 e 2014.

De acordo com as investigações, eram cobrados 10% de propina – 5% para o ex-governador, 2% para Côrtes, 1% para Cesar Romero, 1% para um funcionário do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, que as investigações ainda estão tentando identificar e 1% era usado para as despesas administrativas da quadrilha.

Continua após a publicidade

A procuradora Fabiana Schneider afirma que os 16 milhões de reais citados na denúncia  são apenas “uma pequena fração” do dinheiro movimentado pelo esquema e a organização criminosa ainda “está muito viva” e tenta interferir na produção de provas. Segundo o MPF, as investigações continuam com cooperação internacional para verificar os contratos fechados no exterior e tendem a encontrar valores superiores de propina.

O esquema de propina era alimentado pelo empresário Miguel Iskin, que comprava os agentes públicos, de acordo com o MPF. A investigação analisou cerca de 200 procedimentos licitatórios e verificou que Iskin negociava com os fornecedores estrangeiros e atuava como intermediário dos pagamentos, que eram encaminhados ao exterior.

De acordo com os investigadores, Cesar Romero é apontado como o responsável por cuidar dos valores em espécie. O ex-secretário teria realizado 35 aportes de 400 000 reais a 500 000 reais por mês para a organização de Cabral, o que teria somado cerca de 16 milhões de reais.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.