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Brasil vai às urnas hoje. Saiba o que está em jogo nas capitais

Aliados no governo federal, PMDB e PSDB devem ser os vencedores das eleições municipais deste ano. Mapa mostra o que esperar da disputa nas 26 capitais

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 out 2016, 21h26 - Publicado em 2 out 2016, 07h23

Os 144 milhões de eleitores brasileiros vão escolher neste domingo prefeitos e vereadores nos 5.568 municípios do país – em um pleito que deve alçar PMDB e PSDB aos postos de maiores vencedores da disputa. As mais recentes pesquisas de intenção de voto apontam as legendas como líderes em cinco capitais cada uma. Já o PT dá mostras como em poucas eleições do desgaste que se abateu sobre a legenda, cujo ciclo de poder no governo federal foi rompido neste ano. O partido tem dada como certa a vitória em apenas uma capital: Rio Branco, no Acre. Em 2012, o cenário era um tanto diverso: PT e PSDB levaram quatro capitais cada um. O PMDB do hoje presidente Michel Temer, apenas duas.

Em quatro capitais, a corrida municipal pode acabar já neste domingo. É o caso de Salvador, com ACM Neto (DEM), de Natal, com Carlos Eduardo Alves (PDT), de Boa Vista, com Teresa Surita (PMDB), e de Rio Branco, com Marcus Alexandre (PT). Se as expectativas se confirmarem, as vitórias logo no primeiro turno ficarão bem abaixo das estatísticas de eleições anteriores — em 2012, foram nove, e em 2008, quinze.

Em pelo menos treze capitais há grandes chances de os prefeitos serem reeleitos – todas elas nas regiões Norte e Nordeste. O número segue o ciclo de reeleições que se renova a cada oito anos. Em 2012, apenas quatro prefeitos ganharam o direito de exercer um segundo mandato, enquanto em 2008 foram dezenove.

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Especialistas ouvidos pelo site de VEJA ressaltam que, apesar das mudanças nas regras eleitorais, como o veto à doação por empresas e o tempo mais curto de campanha, a eleição deste ano não será marcada pela renovação nos quadros, mas pela reorganização das forças políticas sob influências de dois eventos que estremeceram a República nos últimos meses – o impeachment de Dilma Rousseff e os desdobramentos da Operação Lava Jato.

“As eleições de 2016 vão definir o ponto de partida de cada legenda na reconstrução do sistema partidário, da balança de poder entre os partidos. Nós teremos uma ideia mais clara do tamanho de cada legenda e das que pensam em voos mais alto. Agora, uma renovação não ocorreu porque o custo de entrada nas eleições ainda é  elevado. Aqui e acolá, pode ter a vitória de um candidato fora do mainstream, mas não acho que isso seja um fenômeno relevante”, avalia o cientista político Rafael Cortez, da Consultoria Tendências.

Com grandes chances de ganhar um novo mandato, os prefeitos ACM Neto (DEM), em Salvador, e Artur Virgilio Neto (PSDB), em Manaus, saem da disputa como candidatos automáticos ao governo estadual ou ao Senado em 2018. Suas administrações foram as mais bem avaliadas pela população das cidades que governam.

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Já a eventual vitória de João Doria (PSDB), em São Paulo, fortalece a candidatura do governador Geraldo Alckmin à Presidência, enquanto o possível triunfo de João Leite (PSDB) em Belo Horizonte significaria o retorno de Aécio Neves ao comando político da capital mineira. No Rio de Janeiro, depois de perder quatro eleições executivas (duas para prefeito e duas para governador), Marcelo Crivella (PRB) deve ir ao segundo turno com larga vantagem sobre o segundo colocado, cujo nome, segundo as pesquisas de intenção de voto, é improvável arriscar.

Candidatos oriundos ou apoiados por clãs políticos têm chances de ganhar em cinco capitais. O maior exemplo é o de Roberto Cláudio (PDT) em Fortaleza que tem como cabo eleitoral os irmãos Cid e Ciro Gomes. Mantidas as expectativas, portanto, ao final deste domingo o Brasil deve confirmar que, embora o descontentamento com a classe política tenha provocado o desejo de mudança – refletido nas manifestações de 2013 e 2015 -, as cidades seguirão nas mãos dos velhos conhecidos.

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