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Brasil não tem poder econômico fora do multilateralismo, diz Temer

Presidente afirmou que Bolsonaro deve universalizar relações com 'vários países', pelo fato de o Brasil não ter o mesmo poder econômico e político dos EUA

Por Da Redação 6 dez 2018, 16h36

O presidente Michel Temer disse, em entrevista na noite de quarta-feira 5, acreditar que o seu sucessor, Jair Bolsonaro, vai acabar adotando uma política externa multilateral, diferente do que vem indicando nas últimas semanas. “Não temos o mesmo poder que os Estados Unidos”, disse.

Bolsonaro nomeou um diplomata admirador do presidente americano, Donald Trump, e crítico da globalização, Ernesto Araújo, para o ministério de Relações Exteriores. Ele já indicou que deve priorizar as relações bilaterais com os Estados Unidos e Israel.

Questionado se a política externa apresentada por Bolsonaro, com foco em relações bilaterais com os Estados Unidos e a possível troca da embaixada de Israel de Tel Aviv para Jerusalém, seria positiva ou negativa, Temer afirmou que “em face da globalização, você não tem como lançar uma política isolacionista. Eu não sei se os Estados Unidos podem, porque são um país poderoso”.

“Nós não temos o mesmo poder nem econômico, nem político, nem internacional dos Estados Unidos. Então não podemos, temos que adotar o multilateralismo”, disse. “Eu penso que o presidente Bolsonaro vai acabar adotando essa fórmula, digamos, universal. De universalizar as relações com os vários países”, completou Temer.

Na semana passada, o presidente eleito recebeu em sua casa, no Rio de Janeiro, o assessor de segurança nacional de Trump, John Bolton. O episódio gerou polêmica, porque Bolsonaro, que é capitão reformado, prestou continência ao americano.

A fala de Temer a respeito da política externa foi o único momento da entrevista em que fugiu dos elogios ao presidente eleito. Questionado sobre a maior dificuldade que Bolsonaro deve enfrentar, o emedebista disse que “seria o Congresso”, mas lembrou que ele tem se encontrado com bancadas partidárias nos últimos dois dias.

“Aparentemente, seria a relação com o Congresso, mas vejo que ele está chamando as bancadas, está tendo contato com as bancadas. Penso que, mesmo no tocante à relação com o Congresso Nacional, não haverá dificuldades”, disse.

(com Estadão Conteúdo e Reuters)

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