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‘Bolsonaro tenta intimidar investigação do caso Marielle’, dizem delegados

Presidente disse que delegado é "amiguinho" do governador do Rio, que, segundo ele, estaria manipulando as apurações para envolvê-lo no crime

Por Da redação
Atualizado em 4 nov 2019, 00h14 - Publicado em 3 nov 2019, 18h58

A Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol Brasil) e outras entidades da categoria repudiaram neste domingo, em nota, as declarações do presidente Jair Bolsonaro em relação à investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Neste sábado, Bolsonaro disse que o delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro seria “amiguinho” do governador do Estado, Wilson Witzel, e insinuou que o governador estaria manipulando as investigações do crime cometido em março do ano passado para envolver o nome do presidente. Os dois devem se enfrentar na disputa presidencial em 2022. “A minha convicção é de que ele (Witzel) agiu no processo para botar meu nome lá dentro”, afirmou o presidente durante a compra de uma moto no feriado de Finados, em Brasília.

A associação dos delegados escreveu que o cargo de chefe do executivo não dá o direito a Bolsonaro de cometer “atentados à honra das pessoas”, principalmente das que desempenham funções no interesse da sociedade e não de qualquer governo. “Valendo-se do cargo de Presidente da República e de instituições da União, claramente ataca e tenta intimidar o Delegado de Polícia do Rio de Janeiro, com intuito de inibir a imparcial apuração da verdade”, diz o texto da Adepol.

Ontem, Bolsonaro também declarou que obteve os áudios das ligações feitas entre a portaria e as casas do condomínio antes que elas fossem adulteradas, causando a reação de parlamentares da oposição, que pretendem acionar o presidente na Procuradoria Geral da República (PGR) por obstrução de Justiça.

As entidades reafirmaram o apoio irrestrito ao delegado responsável pela investigação e repudiam qualquer intimidação a ele e ao trabalho da Polícia Judiciária. Além da Adepol do Brasil, assinam a nota a Fendepol (Federação Nacional dos Delegados de Polícia Civil do Polícia Civil), o Sindelpol-RJ (Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro), o Sindepol-AM Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Amazonas) e a Adepol-PA (Associação dos Delegados de Polícia do Pará).

(Com Estadão Conteúdo)

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