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Bolsonaro nega ter acusado chefe da Anvisa de corrupção: ‘Carta agressiva’

Em carta, Antonio Barra Torres pediu que o presidente se retratasse sobre acusações de interesses ocultos por trás da aprovação da vacinação de crianças

Por Da Redação 10 jan 2022, 22h35

O presidente Jair Bolsonaro negou nesta segunda-feira, 10, ter acusado o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, de corrupção.

“Eu me surpreendi com a carta dele. Carta agressiva, não tinha motivo para aquilo. Eu falei o que estava por trás do que a Anvisa vem fazendo. Não acusei ninguém de corrupção. Por enquanto, não tenho nada que fazer no tocante a isso aí”, afirmou em entrevista à rádio Jovem Pan, retransmitida nas redes sociais do presidente.

Em seguida, Bolsonaro avaliou o trabalho da agência e comentou sobre a nomeação de Barra Torres para o cargo, no início do governo.

“Eu acho que a Anvisa, acredito que o trabalho poderia ser diferente. Eu o nomeei para lá. Depois da nomeação, ele ganhou luz própria. Eu espero que ele acerte na Anvisa. Mas nós não tivemos nenhum atrito a ponto tal de ele falar que eu tinha que indicar qualquer indício de corrupção”, acrescentou.

No sábado (8), Barra Torres divulgou nota em que nega a existência de interesses ocultos por trás da aprovação da vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra covid-19. No texto, ele pede retratação ao presidente Jair Bolsonaro sobre fala relacionada ao assunto.

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A carta foi uma resposta à Jair Bolsonaro, que durante entrevista para uma rádio, na semana passada, questionou o interesse da Anvisa com a aprovação da vacina da Pfizer contra Covid-19 para crianças nessa faixa etária. “Qual o interesse da Anvisa por trás disso aí?”, perguntou. O presidente também chamou a agência de “dona da verdade” — para tomar esse tipo de decisão, ainda que baseada em estudos científicos. “Anvisa agora virou… Não vou comparar com um Poder aqui no Brasil, mas virou outro Poder. É a dona da verdade em tudo”, reclamou Bolsonaro durante sua live semanal. “Já se fala agora na dose de reforço para crianças de 5 a 11 anos. A própria Anvisa, para tirar o dela da reta, orienta aos pais cujos filhos apresentem dores no peito, falta de ar ou palpitações após aplicação da vacina a procurarem um médico”.

Na nota, Barra Torres disse que se o presidente tiver informações que indiquem corrupção deveria determinar investigação policial. “Agora, se o senhor não possui tais informações ou indícios, exerça a grandeza que o seu cargo demanda e, pelo Deus que o senhor tanto cita, se retrate. Estamos combatendo o mesmo inimigo e ainda há muita guerra pela frente. Rever uma fala ou um ato errado não diminuirá o senhor em nada. Muito pelo contrário”, escreveu o diretor-presidente da Anvisa.

Com Agência Brasil

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