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Bolsonaro, Moro e Guedes pedem que Senado não altere MP aprovada na Câmara

Presidente e ministros assinaram carta entregue ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Se texto for mudado, reforma ministerial corre risco de caducar

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 Maio 2019, 19h31 - Publicado em 28 Maio 2019, 14h50

O presidente Jair Bolsonaro e os ministros da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, da Economia, Paulo Guedes, e da Casa Civil, Onyx Lorenzini, assinaram uma carta entregue ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), na qual pedem que a Medida Provisória 870, que trata da reforma administrativa do governo, seja aprovada na Casa nesta terça-feira, 28, sem alterações no texto que passou pela Câmara dos Deputados na semana passada. Os deputados aprovaram o texto-base que manteve a redução de ministérios de 29 para 22.

O apelo de Bolsonaro, Moro, Guedes e Onyx se dá diante de articulações de senadores governistas, capitaneada pelo líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), para manter o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sob a guarda da pasta da Justiça e Segurança Pública. Em uma derrota para Moro, a Câmara aprovou, por 228 votos a 210, a volta do Coaf à Economia.

O Congresso tem até o próximo dia 3 para aprovar a MP da reforma ministerial. Se isso não ocorrer, ela caducará e obrigará Bolsonaro a retomar a estrutura do governo de Michel Temer, com 29 pastas. Caso os senadores façam qualquer mudança no texto aprovado pela Câmara, a MP voltará a ser apreciada pelos deputados, que teriam apenas as sessões desta quarta-feira, 29, e da quinta-feira, 30, para analisar as alterações – o Congresso não tem sessões às segundas e sextas-feiras.

Além de mencionar a situação do Coaf, a carta entregue a Alcolumbre pede que seja mantida a mudança feita pelos deputados em relação à Fundação Nacional do Índio (Funai), atualmente sob o Ministério da Família, Mulher e Direitos Humanos, que passou para a pasta comandada por Sergio Moro, assim como a atribuição de demarcação de terras, hoje responsabilidade do Ministério da Agricultura.

Entregue a Davi Alcolumbre durante o café da manhã no Palácio da Alvorada nesta terça, do qual também participaram os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, o texto assinado pelo presidente e pelos dois superministros será levado pelo presidente do Senado à reunião de líderes de partidos da Casa, nesta tarde.

Diante da resistência do próprio governo a lutar pela manutenção do órgão de inteligência financeira com Sergio Moro, Major Olímpio declarou mais cedo nesta terça que “é muito difícil você defender quem não quer ser defendido”.

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Já o líder do Podemos no Senado, Alvaro Dias (PR), anunciou no plenário que, se o Senado não desfizer a mudança feita pela Câmara na MP, o partido entrará com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no STF. Segundo Dias, a ação “já está preparada”.

“A alteração que se procedeu na medida provisória é inconstitucional, essa é uma prerrogativa do presidente da República, cabe a ele definir onde quer que vá o Coaf. Eu só não entendo por que ele não se valeu dessa prerrogativa. O Coaf está nesse momento no Ministério da Justiça por decreto, basta preservar esse decreto ou o presidente reeditar esse decreto em função dos fatos novos”, declarou o líder do Podemos.

Veja a íntegra da carta:

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