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Bolsonaro faz apelo a ex-apoiadores: Pensem antes de me chamar de traidor

Presidente pediu calma aos eleitores que o estão criticando pelo 'fundão eleitoral' e pelo 'juiz de garantias'

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jan 2020, 23h45 - Publicado em 4 jan 2020, 22h21

Alvo de críticas de ex-apoiadores e prestes a sancionar o ‘fundão eleitoral’ de 2 bilhões de reais, aprovado pelo Congresso Nacional, o presidente Jair Bolsonaro publicou neste sábado um vídeo para se defender dos ataques – ou como ele mesmo chegou a dizer durante a semana, para “preparar a opinião pública”. Preocupado com as eleições de 2022 – as quais citou pelo menos cinco vezes na gravação -, o presidente fez um apelo aos seus eleitores para que tenham “confiança” nele e pensem antes de taxá-lo de “traidor”.

“Óbvio que se eu errar, desce a lenha, tudo bem, mas pensa antes de pegar e me chamar de traidor. Antes de falar em qualquer nome de 22, procura saber como é esse cara na questão de armamento, ideologia de gênero, política externa. Se não, você vai se iludir”, disse ele, referindo-se a potenciais candidatos na próxima eleição presidencial, sem nomeá-los.

“Eu não tenho como me afinar 100% contigo. Em 99% das questões estamos juntos e por causa de uma você já joga tudo para o alto”, completou.

Sobre o fundão bilionário, Bolsonaro afirmou que, se ele vetar o repasse que será usado para financiar campanhas políticas em 2020, ficará refém do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que tem a prerrogativa de levar adiante um eventual processo de impeachment contra ele.

“Querem que eu corra o risco? Qualquer um do povo pode entrar com pedido de impeachment, e vai para a mesa do presidente da Câmara. Ele já disse que não vai botar, mas a decisão é dele.  Vamos supor que o Rodrigo Maia faça. ‘Ou você atende isso ou eu vou mandar para o plenário’. Eae como é que eu vou me comportar? Vamos correr esse risco, vamos vetar e ficar refém de um futuro presidente da Câmara?”, questionou o presidente.

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Em tom de piada, o presidente ainda sugeriu que pode deixar para o vice-presidente Hamilton Mourão a decisão de vetar ou não o fundão, já que no final do mês ele estará em viagem oficial à Índia. “Vou fala para o Mourão: ‘se vira nos 30 aí’. Mas a responsabilidade é minha”, disse ele, aos risos. E completou: “Analise a situação com frieza, não me deixe ficar na mão de terceiros”.

O presidente ainda sugeriu que, por força de lei, não pode vetar a medida, assim como não pode barrar o orçamento da educação e da saúde. E, por fim, perguntou aos internautas se eles queriam que ele “chegasse quebrado” em 2022. “Para voltar quem?”.

No vídeo, Bolsonaro voltou a defender o “juiz de garantias”, trecho do pacote anticrime que passou no Congresso e foi sancionado por ele em dezembro. O presidente frisou que vetou outros 25 dispositivos do projeto e que não atacou a Lava Jato ao avalizar a emenda apresentada pelo deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ).

Bolsonaro também aproveitou a ocasião para cutucar o juiz Flávio Itabaiana, responsável por conduzir o processo que investiga um suposto esquema de “rachadinha” no gabinete do seu filho senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). “Tem muito juiz que julga de acordo com a sua cabeça, não de acordo com conhecimento da matéria. Tem um juiz do Rio que quebrou o sigilo de 90 pessoas em quatro linhas. Para quebrar o sigilo, tem que ter fundamento”, disse.

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Campanha de filiação – Nos últimos dias, o presidente tem usado as suas redes para promover o seu novo partido, que está em fase de recolhimento de assinaturas pelo país para depois ser homologado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No início do vídeo, ele conversou com integrantes da legenda no Ceará e fez uma piada com os conterrâneos de seu sogro nascido em Crateús (CE), dizendo que “quase todo mundo é cabeçudo aí”.

 

 

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