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Bolsonaro escolhe deputada Tereza Cristina para Agricultura

Nomeação da presidente da Frente Parlamentar Agropecuária confirma que ministério ficará separado da pasta do Meio Ambiente

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 nov 2018, 08h02 - Publicado em 7 nov 2018, 18h08

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) escolheu a deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS) como ministra da Agricultura do governo que se iniciará em 1º de janeiro. O nome de Tereza, a primeira mulher confirmada no primeiro escalão da equipe ministerial de Bolsonaro, foi indicado pela Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), da qual a deputada é presidente.

Como vem fazendo a cada nova escolha à Esplanada dos Ministérios, o pesselista divulgou a informação por meio de sua conta no Twitter.

A deputada é o quinto nome confirmado na Esplanada dos Ministérios do governo Jair Bolsonaro. Já haviam sido anunciados os nomes de Paulo Guedes (Economia), Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Sergio Moro (Justiça) e do general Augusto Heleno, que inicialmente era cotado para a pasta da Defesa mas informou nesta quarta-feira, 7, que ocupará o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI).

A nomeação de Tereza Cristina confirma o recuo de Jair Bolsonaro em relação à promessa de campanha de unificar em uma só pasta os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente. O programa de governo registrado por ele no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) previa para a agricultura que “o primeiro passo é sair da situação atual onde instituições relacionadas ao setor estão espalhadas e loteadas em vários ministérios, reunindo-as em uma só pasta”, que ficaria responsável, entre outros, por “recursos naturais e meio ambiente rural”.

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A fusão chegou a ser confirmada na semana passada por Onyx Lorenzoni, coordenador da equipe de transição do novo governo e futuro ministro-chefe da Casa Civil, mas o presidente eleito voltou atrás após críticas tanto de ruralistas quanto de ambientalistas.

A escolha da deputada também mostra que Bolsonaro abriu mão de indicar à pasta um de seus mais próximos aliados durante a campanha eleitoral, o produtor rural Luiz Antônio Nabhan Garcia, presidente da União Democrática Ruralista (UDR).

Reeleita neste ano para seu segundo mandato na Câmara com 75.068 votos, quarta maior votação para deputado em Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina chegou a ser cogitada como candidata a vice-presidente na chapa Geraldo Alckmin (PSDB) quando seu partido, o DEM, declarou apoio ao tucano. Ela se filiou à legenda em dezembro de 2017, após deixar o PSB.

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Ela era líder da sigla de esquerda na Casa, mas acabou destituída do posto pelos correligionários antes da votação da segunda denúncia criminal contra o presidente Michel Temer (MDB) pelos deputados. A nova ministra foi contra a aceitação da acusação contra o emedebista.

Tereza foi presidente da Comissão Especial da Câmara que analisou o Projeto de Lei 6.299/2002, que muda a legislação brasileira sobre os agrotóxicos. O colegiado presidido pela futura ministra da Agricultura aprovou o relatório do deputado Luiz Nishimori (PR-PR) que prevê, por exemplo, a mudança do termo “agrotóxicos” para “pesticidas”, alteração que deve facilitar o registro de produtos compostos por substâncias consideradas cancerígenas por órgãos reguladores.

Tereza Cristina também foi secretária de Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria, Comércio e Turismo de Mato Grosso do Sul entre 2007 e 2014, nos governos de André Puccinelli (MDB), ex-governador que está preso desde julho na Operação Lama Asfáltica, que apura um esquema de corrupção em contratos do estado. 

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