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Bolsonaro diz que país está no ‘limite do limite’ e pede: ‘Apague uma luz’

Presidente classificou crise energética como 'problema sério'. Segundo Operador Nacional do Sistema Elétrico, será necessária produção adicional de energia

Por Da Redação 26 ago 2021, 22h32

O presidente Jair Bolsonaro classificou na noite desta quinta-feira, 26, a crise hídrica como um problema sério e que era “a maior da história”. Durante sua tradicional live nas redes sociais, o chefe do Planalto pediu para que a população economize energia e “apague um ponto de luz” em casa.

“Em que pese estarmos vivendo a maior crise hidrológica da história, 91 anos que não tínhamos uma crise como essa. Vou até fazer um apelo a você que está em casa agora: tenho certeza que você pode apagar um ponto de luz na sua casa agora. Peço esse favor para você, apague um ponto de luz agora. Ajude-nos, assim você está ajudando a economizar energia e a economizar água das hidrelétricas. Estamos no limite do limite”, disse Bolsonaro.

O volume de chuvas muito abaixo do esperado nos últimos meses, inclusive na comparação com o ano passado, deixou os reservatórios das hidrelétricas da região centro-sul do país em condições críticas. “Em grande parte, nessas represas, já estamos na casa de 10%, 15% de armazenamento. Estamos no limite do limite. Algumas vão deixar de funcionar se essa crise hidrológica continuar existindo”, acrescentou Bolsonaro. Na última terça-feira, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), comandado pelo Ministério de Minas e Energia, já havia alertado sobre a piora condições hídricas no país.

Já nesta quinta-feira, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que será preciso garantir uma produção adicional de energia, a partir de outubro, para atender à demanda que não poderá ser suprida pelas usinas hidrelétricas.

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Bolsonaro também comentou o preço dos combustíveis e voltou a jogar indiretas aos governadores. Ele mostrou uma manchete de jornal que afirmava que ele teria dito que a gasolina está barata e explicou-se. “O que eu falei é que, na refinaria, a gasolina está barata”. O presidente novamente desafiou os governadores a zerar o ICMS. O imposto virou uma estratégia para tentar responsabilizar os estados e o Distrito Federal pelo preço do combustível no posto e do gás de cozinha. “O imposto federal é R$0,74, mas no fim da linha chega a quase R$7. Aí tem o frete, a margem de lucro dos postos e o grande mistério que é o ICMS, um percentual que os governadores cobram em cima do preço final da bomba. E não na origem”, disse.

O presidente disse que tem sido criticado por “alguns poucos governadores” pelo preço do gás. “Está caro. Mas não me critique. Eu zerei o imposto do gás de cozinha. E você, governador, está cobrando ICMS. Exatamente quem usa o botijão é o mais pobre. Vamos zerar o ICMS? O parlamento vai nos apoiar, com certeza”, afirmou.

Atos pacíficos

Sobre os atos previstos para o feriado de Sete de Setembro, Jair Bolsonaro garantiu que os apoiadores do governo serão pacíficos e irão pedir por liberdade e o cumprimento de dispositivos constitucionais. Ele ainda confirmou que vai participar dos atos em dois momentos: pela manhã, em Brasília, e à tarde na Avenida Paulista, em São Paulo.

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O presidente indicou que pode vetar o artigo do Código Eleitoral que prevê quarentena para juízes, militares e policias se candidatarem a cargos eletivos, que impediria, por exemplo, uma candidatura do ex-ministro Sergio Moro. Bolsonaro fez um apelo para que a Câmara não aprove o dispositivo e disse que não “prejudicaria todo mundo” apenas para “tirar Sérgio Moro” da disputa. “Quero mais que o Sérgio Moro dispute e, se ganhar, vou dar boa sorte para ele”, afirmou.

Na opinião do chefe do Planalto, a quarentena é “uma tremenda discriminação”. “O policial, o militar e o juiz também têm direito de se candidatar. Para tirar o Sérgio Moro não posso prejudicar todo mundo”, disse.

Vacina

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que participou da live, elogiou a vacina da AstraZeneca, produzida em parceria com a Fiocruz. Ele também comemorou o acordo da Pfizer com a Eurofarma, que fabrica medicamentos genéricos, para produção de sua vacina no Brasil. “Os dois pilares da nossa campanha de vacinação: um, a transferência de tecnologia que o governo Bolsonaro propiciou entre a AstraZeneca e a Fiocruz, e a Fiocruz vai produzir vacinas que funcionam de verdade. E a Pfizer, que é uma parceria entre entes privados. O governo criou esse ambiente favorável”, disse Queiroga.

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Nem o ministro da Saúde, nem o presidente Jair Bolsonaro usavam máscara na transmissão.

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