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Bolsonaro diz que não deve pedir desculpas por todas as suas ‘caneladas’

'Eu fazia xixi na cama até os cinco anos. Vou ter de me arrepender disso também?', indagou o presidente em café da manhã com jornalistas no Planalto

Por Redação
5 abr 2019, 17h14

Além da indicação de que pode demitir o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, na próxima segunda-feira, Jair Bolsonaro disse no café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, na manhã desta sexta-feira, 5, que não considera necessário pedir desculpas constantemente por suas “caneladas” – termo usado pelo presidente para se referir às polêmicas em que se envolve.

“Faz 28 anos que dou caneladas”, afirmou Bolsonaro, em referência ao período em que permaneceu na Câmara como deputado. “Eu fazia xixi na cama até os cinco anos. Vou ter de me arrepender disso também?”, indagou, em tom de brincadeira.

Na noite da quinta-feira 4, após as reuniões de Jair Bolsonaro com presidentes de DEM, PSDB, PSD, PP, MDB e PRB, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, relatou que o presidente se desculpara com os dirigentes partidários pelas “caneladas” dos últimos dias – incluindo o embate público entre ele e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O que mais tem irritado os congressistas é o fato de Bolsonaro falar em “velha política”, associando negociações a irregularidades e corrupção.

Em transmissão ao vivo no Facebook na noite de ontem, o presidente ressaltou que o diálogo com os presidentes das siglas não envolveu negociação por cargos no governo. Na quarta-feira 3, um dia antes de Bolsonaro se reunir com os dirigentes partidários, o vice-presidente, Hamilton Mourão, havia afirmado que, a partir do momento em que as legendas concordam com propostas do governo, “é óbvio” que terão algum tipo de participação na equipe, seja em cargos no Estados ou algum ministério. “O vice falou algo nesse sentido. Matei no peito. Tudo bem”, disse hoje o presidente.

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Jair Bolsonaro afirmou ainda que iniciará uma nova etapa no relacionamento com deputados e senadores, mas que o governo vai costurar apoio por projetos na Câmara e no Senado, sem toma lá, dá cá. “Não temos, com exceção da Previdência, a intenção de forçar a barra no Congresso”, ponderou. O presidente contou que alguns dirigentes de partidos reclamaram do fato de não terem retorno de ministros e dos bancos públicos, mas disse que se trata de uma situação fácil de ser resolvida.

Em outro momento, o presidente declarou que a maioria dos ministros de sua equipe “não tem experiência política”.

‘Só com acusação não vale’

Ainda no café da manhã com jornalistas, Jair Bolsonaro disse que vai aguardar o relatório da Polícia Federal (PF) para decidir o destino do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. Investigadores da PF suspeitam da participação do ministro em um esquema para forjar candidaturas laranjas do PSL, partido do presidente, na campanha eleitoral do ano passado.

“Vamos aguardar o relatório da Polícia Federal. Só com acusação não vale”, afirmou Bolsonaro, ao observar que denúncias não são suficientes para que ele tome qualquer medida. “Com o relatório em mãos, vamos analisar.”

A PF investiga se o ministro do Turismo cometeu falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Na campanha de 2018, Álvaro Antônio era presidente do PSL em Minas Gerais. Atualmente, ele é deputado federal licenciado.

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(com Estadão Conteúdo)

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