Bolsonaro diz que Moro não será ministro e promete reajustar mínimo
Na sabatina de VEJA em pool de veículos, candidato à reeleição ainda se comprometeu a não criminalizar disseminação de fake news
O presidente da República e candidato à reeleição Jair Bolsonaro foi sabatinado na noite desta sexta-feira, 21, por VEJA e por profissionais do pool de veículos formado também por SBT, CNN, Terra, NovaBrasil e Estadão/Eldorado.
O encontro seria inicialmente um debate com Luiz Inácio Lula da Silva, mas como o petista declinou do convite, o formato teve de ser alterado conforme as regras aprovadas em reuniões com os representantes de cada candidato.
O atual presidente se comprometeu a não criminalizar as fake news, sinalizou que o salário mínimo em 2023 será reajustado pela inflação e afirmou que o ex-ministro Sergio Moro não terá cargo em seu eventual governo.
“Não há nenhum convite para Moro ser ministro, e nem vontade dele para isso (…) Para o bem do Brasil, qualquer equívoco ou rusga do passado vamos deixar de lado (…). O TSE tem sido provocado pelo PT, e o Moro vê isso”.
Bolsonaro ainda garantiu que o Auxílio Brasil continuará sendo pago, em 2023, no valor de 600 reais. Não indicou, no entanto, a fonte de custeio para a medida, uma vez que a manutenção do valor não está no Orçamento do próximo ano. Sobre o salário mínimo, garantiu a correção pela inflação. Na última quinta-feira, o ministro da Economia Paulo Guedes declarou que o governo estudava desvincular o reajuste do mínimo do índice de inflação do ano anterior.
“Quem faz um Orçamento é o Legislativo (…) quando há críticas, o orçamento não tá feito. Se incluem outras despesas obrigatórias. Até o RP9, conhecido como orçamento secreto, está lá dentro (…) essa bola está com o parlamento pra decidir isso aí (…) não se pode continuar não dando reajuste a servidores. Salário mínimo também. Sabemos que o parlamento vai buscar alternativas (…) se preciso for continuaremos fazendo propostas como essa PEC dos combustíveis”.