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Bolsonaro diz que Kajuru não pediu autorização para gravar conversa

'Não vou discutir com maluco', afirmou o presidente, que cobrou que o parlamentar divulgue uma suposta segunda conversa entre os dois

Por Da Redação Atualizado em 15 abr 2021, 22h22 - Publicado em 15 abr 2021, 21h53

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) não pediu autorização para gravar a conversa entre os dois. Ele deu a declaração durante a sua tradicional live nas redes sociais na noite desta quinta-feira, 15.

Segundo Bolsonaro, o parlamentar é maluco: “O senador Kajuru me ligou, foi uma conversa que eu teria com qualquer senador. Agora, o fato de gravar… No dia seguinte, ele me ligou novamente e falou que tinha cortado partes agressivas ao senador [Randolfe Rodrigues]. Fiquei quieto, quando ele falou aquilo, vi que o cara me gravou e iria divulgar. Não vou discutir com maluco. Ele não pediu autorização para gravar uma ligação comigo”.

No último fim de semana, Jorge Kajuru divulgou uma ligação em que o presidente da República sugere caminhos para interromper a CPI da Covid-19, que vai investigar a conduta do governo federal na pandemia. O senador declarou depois que Bolsonaro sabia da gravação: Ele falou tudo aquilo sabendo que eu estava gravando. É evidente”, disse.

O presidente também deu a entender que, caso haja pedidos de impeachment contra ministros do STF, a instalação da CPI pode ser interrompida. Na mesma ligação, Kajuru lembrou que já havia apresentado um pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes. O chefe do Planalto também cobrou que ações de governadores e prefeitos sejam investigadas.

Na live desta quinta, Bolsonaro pediu que Kajuru divulgue uma segunda conversa gravada. “Agora está faltando você divulgar a outra ligação que você diz que fez para mim e eu concordei. Publica aí. Essa você não gravou? Pô, Kajuru, você grava tudo. Não gravou porque vai se ferrar, né? Vai fazer uma prova contra você, tá certo?”.

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Impeachment

Jair Bolsonaro também comentou a decisão da ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia, que deu cinco dias para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), explicar os motivos para não ter analisado os pedidos de impeachment protocolados na Casa.

Segundo o presidente, apenas Deus pode tirá-lo da cadeira presidencial: “Eu não quero me antecipar e falar o que acho sobre isso, mas digo uma coisa: só Deus me tira da cadeira presidencial e me tira, obviamente, tirando a minha vida. Fora isso, o que estamos vendo acontecer no Brasil não vai se concretizar”.

A decisão da ministra foi tomada em um processo no STF que questiona por que a Câmara dos Deputados não analisou os mais de 100 pedidos de impeachment já protocolados contra Bolsonaro. A Constituição estabelece que a decisão sobre a abertura ou não de um processo de impeachment cabe ao presidente da Câmara, que não possui prazo para tomar a decisão.

Lula

O presidente também comentou a decisão do STF de manter a decisão do ministro Edson Fachin que torna Luiz Inácio Lula da Silva apto a disputar as próximas eleições presidenciais. Bolsonaro disse não saber se será candidato, mas colocou o petista na disputa: “Se o Lula voltar, pelo voto direto, pelo voto auditável, tudo bem. Agora veja qual vai ser o futuro do Brasil com o tipo de gente que ele vai trazer para dentro da presidência. Se o Lula for eleito, em março de 2023, ele vai escolher mais dois ministros para o STF. Não estou dizendo que vou ser candidato mas vamos ter uma eleição pela frente, o Lula vai ser candidato. Tira eu de candidato. Quem seria o outro que iria para o Lula pro segundo turno? Só fazer um raciocínio que vão entender o futuro de cada um de vocês”, disse.

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