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Bolsonaro diz que ameaçou médico militar para receitar remédio para Covid

'Traz o remédio ou te transfiro para a fronteira agora, democraticamente', relatou presidente em entrevista a um canal no YouTube

Por Da Redação
28 jun 2022, 21h27

O presidente Jair Bolsonaro confirmou na noite desta terça-feira, 28, que ameaçou mandar transferir um médico militar que resistiu a receitar hidroxicloroquina quando o ele apresentou sintomas de Covid-19.

O chefe do Planalto deu a declaração a um canal no YouTube. Na entrevista, Bolsonaro não citou os nomes cloroquina ou ivermectina, medicamentos comprovadamente ineficazes contra a doença, mas defendido por ele em várias oportunidades.

Segundo o presidente, quando sentiu que estava com sintomas do coronavírus, chamou um médico do Exército para lhe atender. O profissional lhe recomendou fazer teste de Covid, mas o mandatário contou que pediu o medicamento para fazer uso, sem especificar qual deles, ou, “democraticamente”, iria transferir o médico “para a fronteira”.

“Eu mesmo quando senti o problema, chamei o médico, falei: ‘Acho que estou com sintomas’. Ele falou: ‘Está com todos os sintomas, vamos fazer o teste’. Falei: ‘Me traz aquele remédio’. [Ele disse:] ‘não, não, não’. Eu falei: ‘Traga o remédio porque o exame só vai sair o resultado amanhã e pode ser tarde demais. [O médico disse:] ‘Ah, mas os protocolos nossos’… Falei: ‘Traz o remédio ou te transfiro para a fronteira agora, democraticamente. Tomei, no outro dia estava bom”, declarou o presidente aos risos.

Em julho de 2020, Bolsonaro anunciou que estava infectado pelo novo coronavírus. Segundo afirmou na ocasião, ele tomou hidroxicloroquina, remédio que defende como tratamento para a Covid-19, embora cientificamente esteja comprovada a ineficácia do medicamento para essa finalidade.

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O presidente disse ainda que o profissional de saúde “perdeu a autonomia” durante a pandemia e que, dada aquela situação, em que “você pegou algo que ninguém sabe o que é, tem que tentar uma alternativa em comum acordo contigo, acabaram a autonomia do médico no Brasil”.

Segundo o chefe do Planalto, ele foi contra um protocolo sanitário instituído por Luiz Henrique Mandetta, então ministro da Saúde, que recomendava a ida ao hospital em caso de sintomas da doença: “Eu falei: Mandetta procurar hospital para quê? Qual é o remédio que ele vai tomar. Vai ser intubado? Isso não é remédio. Cartão vermelho para ele”, explicou.

Bolsonaro também lembrou sobre se recusar a usar máscara de proteção no Brasil. Ele ressaltou que queria servir de exemplo de “que temos que lutar contra o vírus, porque quem não pegou vai pegar, e quem não pegou pode está achando que não pegou, mas como é assintomático, não percebeu”.

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