Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Bolsonaro diz não ter se sentido usado por Netanyahu para reeleição

Presidente reconheceu que seu governo é passageiro: “Graças a Deus, né? Imagina ficar o tempo inteiro com esse abacaxi?”

Por Julia Braun, de Jerusalém
3 abr 2019, 04h45

Pouco antes de deixar Israel depois de uma visita de três dias, Jair Bolsonaro comentou as repercussões de sua viagem. O presidente negou que tenha se sentido usado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que concorre à reeleição na próxima quarta-feira, 9.

“De jeito nenhum. Eu sou maior de idade, já estou sexagenário”, afirmou, ao ser questionado sobre o tema por jornalistas no hotel em que esteve hospedado em Jerusalém nesta quarta-feira, 3.

A decisão do líder brasileiro de viajar a Jerusalém na véspera das eleições foi vista por muitos como uma forma de favorecer o premiê. Bolsonaro foi perguntado se não temia uma retaliação de um possível novo governo de Israel contra o Brasil, caso Netanyahu saia derrotado da votação e um novo premiê decida se afastar dos antigos aliados.

“O meu compromisso é com Israel”, afirmou. “Nós sabemos que o Nataniel [sic] é passageiro, daqui a pouco muda”.

Bolsonaro reconheceu que também é passageiro. “Graças a Deus, né? Imagina ficar o tempo inteiro com esse abacaxi?”, disse, rindo. “Abacaxi não né? Com esse monte de problema nas costas”.

Continua após a publicidade

“Eu desejo boa sorte a ele [Netanyahu] enquanto estive a frente desse povo maravilhoso que é o israelense”.

O presidente também comentou as reações de países árabes à decisão brasileira de instalar um escritório de comércio, tecnologia e inovação em Jerusalém.

“Não estamos no Brasil em situação de arrumar encrenca com ninguém. Eu quero é solução’, disse. “Todos aqueles que puderem fazer negócio conosco, da minha parte vai ser todo o carinho e consideração’.

Continua após a publicidade

Bolsonaro, contudo, defendeu mais uma vez o direito à soberania israelense. “Mas tem que respeitar o Estado de Israel. O povo aqui é soberano”, disse.

“Respeito o povo palestino, só não posso concordar com grupos terroristas”, ponderou. “Isso estaria contra a minha biografia, que combati esse pessoal da esquerdália desde 70 quando era garoto no Vale do Ribeira”.

A instalação do escritório brasileiro em Jerusalém foi considerada um primeiro gesto para o reconhecimento da cidade como capital de Israel pela Autoridade Nacional Palestina (ANP). A liderança decidiu convocar seu embaixador no Brasil, Ibrahim Zeben, para prestar esclarecimentos sobre o tema.

A questão é sensível não apenas para os palestinos, como para todos os países árabes e muçulmanos, e para os que acreditam na solução de dois Estados.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.