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Bolsonaro deu declaração ‘infeliz’ sobre manifestantes, diz Marco Aurélio

Ministro do STF afirmou que protestos ocorrem 'quando alguma coisa não vai bem' e que 'homens públicos' precisam rever 'o que está sendo feito'

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 16 Maio 2019, 18h15 - Publicado em 16 Maio 2019, 17h53

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta quinta-feira, 16, que o presidente Jair Bolsonaro deu uma declaração “infeliz” ao chamar de “idiotas úteis” e “massa de manobra” manifestantes que organizaram, na quarta-feira 15, uma série de protestos contra os contingenciamentos do governo na educação básica e no ensino superior.

“A qualificação que ele fez [dos manifestantes] foi infeliz, como foi infeliz também a divulgação da problemática do Moro [envolvendo uma futura indicação para o Supremo Tribunal Federal]. O exemplo vem de cima. A urbanidade, a respeitabilidade vem de cima”, disse Marco Aurélio a jornalistas ao chegar para a sessão plenária do Supremo nesta tarde.

Ao chegar em Dallas, nos Estados Unidos, nesta quarta, Bolsonaro criticou os manifestantes. “Se você perguntar a fórmula da água, não sabe, não sabe nada. São uns idiotas úteis que estão sendo usados como massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo das universidades federais”, disse o presidente.

Na avaliação do ministro do Supremo, contudo, as manifestações “compõem a democracia”.

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“Eu me lembro que uma vez eu fui o relator de um mandado de segurança em que o governador do Distrito Federal proibiu manifestações ruidosas na Praça dos Três Poderes. Aí eu citei até um grande jurista baiano, Caetano Veloso, ‘atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu’. Uma manifestação como se fosse um velório? Manifestação é quando alguma coisa não vai bem e é um direito da sociedade, do povo se manifestar. Nós administradores, homens públicos é que temos que rever o que está sendo feito”, comentou o ministro.

Segundo os organizadores dos atos desta quarta-feira, 1,5 milhão de pessoas protestaram contra os recentes anúncios do Ministério da Educação de que contingenciou recursos, incluindo 30% das despesas para custeio das universidades federais. Alunos e professores de universidades e colégios públicos e privados, além de movimentos sociais, participaram das manifestações. A União Nacional dos Estudantes (UNE) convocou novos protestos para o dia 30 de maio.

Procurado, o Palácio do Planalto ainda não se manifestou sobre as declarações de Marco Aurélio.

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