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Bolsonaro cancela viagem a Nova York, onde receberia prêmio

Planalto atribui decisão do presidente a ataques feitos pelo prefeito nova-iorquino, Bill de Blasio, que classificou Bolsonaro como 'homem perigoso'

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 Maio 2019, 21h31 - Publicado em 3 Maio 2019, 19h33

O presidente Jair Bolsonaro cancelou a viagem que faria a Nova York no próximo dia 14 de maio, quando receberia o prêmio Pessoa do Ano, oferecido pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. O Palácio do Planalto afirmou que Bolsonaro “agradece a homenagem” e atribuiu o cancelamento aos ataques do prefeito de Nova York, o democrata Bill de Blasio, ao presidente.

“Em face da resistência e dos ataques deliberados do prefeito de Nova York e da pressão de grupos de interesses sobre as instituições que organizam, patrocinam e acolhem em suas instalações o evento anualmente, ficou caracterizada a ideologização da atividade”, diz nota assinada pelo porta-voz da Presidência da República, Otávio Rego Barros.

A homenagem a Jair Bolsonaro, feita também ao secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, gerou polêmica desde que o Museu de História Natural de Nova York passou a receber críticas por sediar a premiação. Enquanto a instituição não havia se pronunciado sobre o assunto, De Blasio usou uma entrevista dada a uma rádio para atacar o presidente brasileiro e pediu ao museu que cancelasse o evento. O Museu de História Nacional acabou decidindo não receber o evento em sua sede.

“Jair Bolsonaro é um homem perigoso. Seu racismo evidente, homofobia e decisões destrutivas terão um impacto devastador no futuro do nosso planeta. Em nome de nossa cidade, obrigado a @AMNH [Museu de História Natural] por cancelar este evento”, escreveu De Blasio no Twitter.

A publicação do prefeito nova-iorquino gerou reação do assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, Filipe Martins, que chamou Bill de Blasio de toupeira. “Não há surpresa alguma em ver Bill de Blasio — um sujeito que colaborou com a revolução sandinista, que considera a URSS um exemplo a ser seguido e que faz comícios no monumento dedicado a Gramsci no Bronx — criticando o PR Bolsonaro. Surpresa seria uma toupeira dessas o elogiar”, escreveu Martins.

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Nos últimos dias, a companhia aérea Delta, a consultoria Bain & Company e o jornal Financial Times, que patrocinariam o prêmio Pessoa do Ano concedido a Jair Bolsonaro, recuaram sobre suas participações. “Encorajar e celebrar a diversidade é um valor central para a Bain”, escreveu a empresa em nota.

Nesta sexta-feira, 3, a Folha de S.Paulo publicou que o Banco do Brasil e o consulado-geral do país em Nova York ajudaram a financiar a festa que homenagearia Jair Bolsonaro. De acordo com o jornal, o banco estatal pagou 12.000 dólares por uma mesa com dez lugares no jantar de gala da Câmara de Comércio, enquanto o Ministério das Relações Exteriores desembolsou 10.000 reais por uma mesa no evento. O banco e o Itamaraty negaram que a compra das mesas tenha sofrido ingerência do presidente. 

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