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Bivarista fala em processar Bolsonaro por ‘assassinato de reputações’

Para o deputado Junior Bozzella, o modus operandi com que o Planalto agiu é 'muito sujo'

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 nov 2019, 13h00 - Publicado em 10 nov 2019, 12h00

O presidente Jair Bolsonaro pode ser alvo de um processo por ter autorizado seus auxiliares a vasculharem o passado do presidente do PSL, Luciano Bivar, e propagarem que ele foi um dos principais suspeitos em um assassinato de década de 1980. Conforme revelou VEJA nesta edição, a investida dos bolsonaristas de investigar o dirigente partidário se dá no ápice da crise entre o presidente da República e Bivar. Auxiliares de Bolsonaro afirmam que ele desembarcará do partido nos próximos dias.

Reportagem de VEJA mostra que aliados do presidente da República estão empenhados em colher documentos e testemunhos que possam levar à reabertura do processo que investigou a morte de uma massagista em 1982. À época, Bivar era suspeito de ter um caso com Claudete Maria da Silva. O corpo dela apareceu boiando no Rio Capibaribe, no Recife. Claudete estava grávida de oito meses e, horas antes de desaparecer, havia confidenciado a uma amiga que iria se encontrar com o pai da criança – Luciano Bivar. O episódio foi rememorado ao presidente da República por Gilson Machado Neto, amigo pessoal de Bolsonaro e o atual chefe da Embratur.

“Há uma clara evidência da interferência do Planalto na montagem de dossiês. Isso dá improbidade administrativa, é muito grave”, afirma o deputado Júnior Bozzella (PSL-SP), aliado de Bivar. “Nós vamos acionar juridicamente. Só há um interesse, que é o de assassinar reputações”, continuou.

Para Bozzella, o modus operandi com que o Planalto agiu é “muito sujo”. “Estão requentando algo de mais de 30 anos por causa de uma briga de poder, ego, vaidade e dinheiro. Vai cada vez mais mostrando o caráter dessas pessoas”, afirmou. O deputado comparou o episódio à reação de Bolsonaro ao ter seu nome vinculado ao assassinato da ex-vereadora Marielle Franco. “Ele fez um escândalo. Mas, agora, usa do mesmo processo que condenou para poder difamar a imagem de alguém.”

O deputado Delegado Waldir, que era amigo do presidente e se diz traído por ele, também condenou a varredura contra Bivar. “Pela primeira vez na história do país você vê a Presidência da República envolvida em situações graves como essa”, afirmou. “Estão fazendo isso para tomar o comando do partido a qualquer preço. Não foi para isso que elegi um presidente da República. Fere todos os conceitos de democracia.” O deputado se diz frustrado: “O método virou padrão”.

Waldir, no entanto, é contra qualquer reação partidária. “Não vamos usar as mesmas armas nojentas”, diz. “Luciano Bivar é uma vítima. Estão tentando destruí-lo.”

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