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BH: a eleição que Dilma nacionalizou com olhos em 2014

Presidente articulou candidatura petista e atuará na campanha eleitoral num embate prévio de 2014 com o senador tucano Aécio Neves

Por Thaís Arbex, de Belo Horizonte
12 ago 2012, 08h19

“A candidatura do nosso adversário foi imposta de fora para dentro, feita do Palácio do Planalto com base em sucessivas intervenções e participação de figuras absolutamente estranhas a Minas Gerais, que é o caso do prefeito de São Paulo e da própria presidente da República”

Quarenta e oito anos depois de ter iniciado, ainda aos 16 anos, a militância política no movimento estudantil de Belo Horizonte, a presidente Dilma Rousseff, agora com 65 e primeira mulher presidente da República, volta à capital mineira como protagonista da disputa pela prefeitura da cidade onde nasceu e viveu até a adolescência. Há um mês e meio, a petista estabeleceu como prioridade eleger Patrus Ananias (PT), ministro do Desenvolvimento Social do governo Lula, prefeito da capital mineira. Dilma passou a enxergar em Belo Horizonte uma prévia da eleição presidencial de 2014 contra seu possível adversário, o também mineiro senador Aécio Neves (PSDB).

Até entrar no radar da presidente, o confronto na capital mineira já tinha resultado mais do que certo. Apoiado por PT e PSDB, o prefeito Marcio Lacerda, do PSB, tinha a reeleição praticamente assegurada, mas o rompimento da aliança dos petistas de Minas com ele mudou o quadro e colocou a disputa da cidade no patamar federal.

A operação que terminou com o lançamento da candidatura de Patrus foi orquestrada por Dilma do Palácio do Planalto. Logo após o racha em Belo Horizonte, ela chamou o vice-presidente Michel Temer e acertou a aliança com o PMDB. Conseguiu também convencer o presidente do PC do B, Renato Rabelo, a mudar de lado e abandonar os cargos na administração municipal. “Foi uma intervenção desmedida e um gesto de extrema violência”, disse o senador Aécio Neves ao site de VEJA sobre as ações de Dilma em Belo Horizonte. “Minas não está acostumada com esse tipo de interferência.”

“A candidatura do nosso adversário foi imposta de fora para dentro, feita do Palácio do Planalto com base em sucessivas intervenções e participação de figuras absolutamente estranhas a Minas Gerais, que é o caso do prefeito de São Paulo e da própria presidente da República, pessoas que conhecem muito pouco a nossa realidade”, afirmou Aécio.

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Da capital federal, Dilma também trabalhou para desfazer a aliança do PSD de Gilberto Kassab com Lacerda. No dia 4 de julho, o prefeito paulistano embarcou para Brasília para, como relatou a seus interlocutores, costurar “uma mudança de rota na eleição de Belo Horizonte”. “Fui incitado pelo governo federal a caminhar com o Patrus em Belo Horizonte depois desse rompimento. Preciso da compreensão de vocês, precisamos dar um gesto para o Palácio do Planalto”, disse Kassab a seus deputados.

Com apoio de quatro dos seis parlamentares, o prefeito paulistano fez uma intervenção no diretório do PSD na capital mineira. Nesse mesmo dia, Marcio Lacerda tentou falar com Kassab, mas ele não atendeu às ligações. O partido rachou e a direção mineira, sob o comando de Alexandre Silveira, secretário do governo Antonio Anastasia, conseguiu liminar que mantém, por enquanto, o PSD aliado ao prefeito Marcio Lacerda.

Kassab, no entanto, tem agido nos bastidores para ficar ao lado de Patrus. Ele garantiu aos petistas que irá “até o fim”, o que significa recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Certo de que a Justiça Eleitoral ficará ao seu lado, o prefeito paulistano disse ao comando da campanha petista para ficar “tranquilo”.

No meio da confusão, a seção mineira do PSD agiu para tentar impugnar a candidatura petista e apresentou denúncia à Justiça Eleitoral de que Patrus Ananias não se afastou no prazo legal do cargo de presidente do Conselho Superior de Responsabilidade Social da Federação do Estado de São Paulo, Fiesp. No último dia 4, porém, o juiz da 27ª Zona Eleitoral, Rogério Coutinho, considerou improcedente o pedido de impugnação e deferiu o registro do candidatura do petista.

Estreia de Dilma – Por enquanto atuando apenas nos bastidores, Dilma Rousseff já tem data para estrear publicamente na campanha de Belo Horizonte. Será no dia 21 de agosto, no programa eleitoral do candidato adversário. Marcio Lacerda usará uma fala da presidente em que ela se refere a ele como “um dos melhores prefeitos do Brasil”.

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O material foi gravado pela equipe de marketing do prefeito no dia 12 de junho, dias antes do rompimento do PT e PSB, quando Dilma esteve na capital mineira para assinar um termo de compromisso para a execução das obras de modernização do Anel Rodoviário da cidade. “O prefeito Marcio é quem reputo um dos melhores prefeitos deste país. É sempre garantido que uma parceria com o Marcio vai apresentar os frutos, vai dar resultado e vamos ver concretamente os efeitos dela”, disse ela, durante discurso na Praça da Liberdade.

“Não sou adversário de Dilma”, afirmou Lacerda ao site de VEJA. “A nossa proposta é manter uma boa relação com o governo federal, até porque 16 dos 19 partidos da nossa coligação estão na base de apoio da presidente Dilma.”

Ressaltar a boa relação com o governo federal é a principal estratégia da campanha do prefeito. No dia 7 de agosto, depois de receber o apoio de 54 entidades sindicais ligadas à Nova Central Sindical, à União Geral dos Trabalhadores e à Força Sindical, na sede da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Minas Gerais, Lacerda fez questão de chamar a imprensa para avisar que acabara de receber uma ligação da ministra do Planejamento, Miriam Belchior.

Ela ligou para avisar que a presidente Dilma Rousseff liberaria no dia seguinte 846 milhões de reais para Belo Horizonte para investimentos na prevenção de enchentes. Os recursos fazem parte do Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais que prevê investimento de 18,8 bilhões de reais em ações preventivas em 821 cidades do país.

Miriam, que telefonou três vezes até conseguir falar com o prefeito, pediu que ele não comparecesse ao evento, que aconteceu em Brasília, para não caracterizar “promoção eleitoral”. Por mais que Lacerda quisesse mostrar que continuava às boas com o governo federal, a ligação da ministra não foi privilégio do prefeito.

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A pedido de Dilma, Miriam Belchior ligou antes para Patrus Ananias, o candidato do PT, para lhe dar a notícia sobre o investimento na cidade que pretende voltar a comandar. Ele estava panfletando no tradicional Mercado Central. “Quando há um governo estadual ou municipal mais sintonizado com as prioridades do governo, com uma afinidade maior com as políticas públicas sociais, que tenham a mesma história, o mesmo compromisso, as parcerias podem se ampliar”, afirmou o candidato petista ao site de VEJA.

Até o dia do rompimento da aliança, Dilma havia garantido a Lacerda que trabalharia por sua reeleição em Belo Horizonte. Eles tiveram uma longa conversa naquele 12 de junho. Depois do racha, a prefeito tentou falar com a presidente. Deixou recados com seu chefe de gabinete, Giles Azedo. Ela não retornou até agora.

“Foi uma situação muito dramática e lutei o quanto pude pela aliança. Até por uma questão muito simples: a eleição seria muito menos disputada, como está sendo agora”, disse o prefeito mineiro.

Uma semana antes do rompimento da aliança entre PT e PSB, Marcio Lacerda encontrou-se com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, durante a solenidade de abertura da Rio+20. Enquanto a presidente Dilma discursava, ele relatou ao ministro o clima de Belo Horizonte. “Minha caixa de ferramentas está vazia. Não tenho mais possibilidade de segurar a situação”, disse Lacerda a Carvalho.

Dez dias depois, o PT rompeu a aliança com o PSB, alegando que os socialistas não haviam cumprido o acordo para a coligação proporcional na chapa de vereadores. O racha, porém, não era difícil de prever. A executiva municipal petista, controlada pelo vice-prefeito de Belo Horizonte, Roberto Carvalho, vinha defendendo a candidatura própria desde o início da gestão, em 2009.

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“A questão da chapa proporcional foi apenas a gota d’água”, admitiu Roberto Carvalho ao site de VEJA. “Atendendo a uma exigência do Aécio, o prefeito traiu o PT e rompeu com a aliança em Belo Horizonte, nacionalizando a campanha”, disse.

Embora admitisse que a aliança estivesse caminhando para o fim, Lacerda estava tranquilo. Dois dias antes de o PT anunciar o racha, ele esteve com o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento), no Palácio das Artes, na capital mineira, durante o 84º Encontro Nacional da Indústria da Construção. Naquela noite, Pimentel garantiu a Lacerda que teria a maioria no diretório municipal para barrar a insistência pela coligação proporcional. No dia 30 de junho, no entanto, ficou provada a não-influência do ministro.

Amigos de longa data, os dois não se falam desde então. Há um mês e 10 dias.

O homem e a mulher-forte – Marcio Lacerda conheceu Fernando Pimentel na Penitenciária de Linhares, em Juiz de Fora, interior de Minas Gerais, onde ficou preso durante o regime militar. Lacerda iniciou sua militância política no antigo Partido Comunista Brasileiro, o PCB, em 1963.

A amizade, embora esteja em banho-maria, também será explorada pelos marqueteiros do atual prefeito. A campanha usará o discurso do ministro do dia da convenção do PSB, 30 de junho, quando ele declarou que Lacerda “é o melhor prefeito do Brasil”.

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Em 2008, Pimentel foi um dos incentivadores da união entre o PT, o PSB e o PSDB, do então governador Aécio Neves, em torno da candidatura de Marcio Lacerda à prefeitura de BH. Foi nesse período que as desavenças entre Pimentel e Patrus Ananias ficaram ainda mais evidentes. Patrus resistiu o quanto pode, mas perdeu. Em 2010, sofreu nova derrota para Pimentel e, a pedido de Dilma, aceitou ser vice na chapa de Hélio Costa (PMDB) ao governo de Minas. Perdeu de novo.

Hoje, dois anos depois das discórdias, Pimentel é uma das peças-chaves da campanha de Patrus na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte. A pedido da presidente Dilma, sua amiga, o ministrou entrou de cabeça na eleição mineira. Se o PT voltar a comandar a cidade, ele passa a ser forte candidato ao governo de Minas em 2014.

Embora não esteja diariamente em solo mineiro, Pimentel tem desembarcado aos finais de semana em Belo Horizonte para percorrer a cidade ao lado do antigo adversário. Além das agendas de rua, em que acompanha Patrus em caminhadas e carreatas, Pimentel dá pitacos no tom do discurso de Patrus nos programas de TV e nos debates.

“Essa união do PT mineiro parecia impossível até mesmo para o ex-presidente Lula”, admitiu o vice-prefeito Roberto Carvalho (PT), rompido com Lacerda desde 2011 e o principal articulador da candidatura própria na capital mineira.

Pimentel montou o seu próprio comitê na cidade, o Comitê Célio de Castro – em homenagem ao prefeito de Belo Horizonte, que comandou a cidade de 1997 a 2001, entre os mandatos de Patrus e Pimentel. Lá trabalharão, além de seus aliados, um grupo de 20 dissidentes do PSB, entre as quais a sobrinha de Tancredo Neves, a historiadora Lucília de Almeida Neves Delgado. Os socialistas declararam apoio a Patrus no dia 31 de julho, afirmando que nos últimos quatro anos, a administração de Belo Horizonte “foi marcada por um gerenciamento dito empresarial, centralizador e autoritário” e “muito mais do que um gerente”, a cidade precisa “de um homem público que restaure o diálogo com a população, que respeite a tradição democrática e retome as políticas sociais”.

Homem-forte da campanha, Pimentel é a principal ligação da campanha do PT com Dilma e tem feito questão de mostrar que está empenhado na eleição de Patrus. No início da semana, o ministro recebeu Roberto Carvalho em Brasília. Os dois tiveram uma longa conversa com Giles Azevedo, que garantiu que a presidente irá para as ruas em Belo Horizonte. Antes disso, porém, Dilma deve receber Patrus em Brasília.

Do outro lado, o homem forte da campanha é uma mulher. Irmã do senador Aécio Neves (PSDB), a jornalista Andréa Neves deixou a presidência do Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas), órgão do governo de Minas, para se dedicar à campanha pela reeleição do prefeito socialista Márcio Lacerda. Atuando nos bastidores, ela é responsável pela interlocução com setores da sociedade com representação nacional.

O ingresso de Andréa na campanha de Lacerda é mais um indício do empenho de Aécio na eleição em Belo Horizonte, com vistas à disputa de 2014. Maior cabo eleitoral de Lacerda, o senador, no entanto, ainda não gravou sua participação no programa de TV do prefeito. A estratégia da campanha é que Aécio participe da eleição sem ofuscar o candidato.

Os primeiros programas de televisão, por exemplo, terão cidadãos de Belo Horizonte declarando apoio a Lacerda. A ideia é mostrar que, se em 2008, ele foi eleito pelo então governador Aécio Neves e pelo então prefeito Fernando Pimentel, agora quem vai elegê-lo é o povo.

‘Lacerda, o homem de família’ também será explorado pela campanha do PSB. A mulher, Regina, e os três filhos do prefeito estão participando ativamente da disputa. Regina, que é psicóloga e embora diga que não tem jeito para a política por “não conseguir engolir sapos”, é responsável pelos discursos mais incisivos contra o adversário. Tiago, seu filho mais novo, é um dos coordenadores da campanha. Gabriel, que trabalha com cinema em São Paulo, voltou para BH para ajudar a reeleger o pai.

Missionário – Acusado pelo PT de agir como um “tecnocrata”, Marcio Lacerda, que vinha evitando o confronto direto até esta semana, reagiu e partiu para o ataque. Apesar de mostrar sintonia com o governo federal, em discurso para entidades sindicais, no último dia 7, chamou Patrus de “missionário” e atacou o Bolsa Família, afirmando que “não é só esmola e ajudazinha em dinheiro que é sensibilidade social”. O programa, que foi uma das principais marcas do governo Lula, foi criado pelo adversário, Patrus Ananias, quando foi ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

“O nosso adversário está querendo se pautar como missionário, aquele que vai mudar o mundo pelo bom sentimento, do qual ele é o único detentor”, disse. “Partido nenhum é dono da sensibilidade social. Nenhum partido pode ser arvorado em combatente pela igualdade social. Todos nós aqui somos”.

Ao site de VEJA, Lacerda disse não aceitar que o definam como “tecnocrata e insensível”. “Porque, na prática, a cidade diz que isso não é verdade”, afirmou. “A gente é acusado de ser tecnocrata, de ser empresário e não ter sensibilidade. Isso é de uma estupidez, isso é de uma cegueira”, disse.

A estratégia do PT é colar em Patrus Ananias a alcunha de “pai do Bolsa Família” e orientou o candidato a mostrar ao eleitor que Lacerda é contra o programa. “O candidato Marcio Lacerda considerou o Bolsa Família uma esmolinha. Considero que é uma posição atrasada, preconceituosa. O candidato deixou claro, assim, que é contra o Bolsa Família e contra as políticas públicas sociais que promovem os pobres que eu implantei”, afirmou o petista.

Seguinte aos ataques de Lacerda, a campanha petista correu para municiar Patrus com dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) 2012, que mostram os impactos positivos do Bolsa Família, como o que revela que as mulheres beneficiadas pelo programa têm mais tempo de acompanhar os filhos na escola. A ideia, dizem petistas, é “revelar que o programa vai além da distribuição de renda”.

TV – A mão da presidente Dilma Rousseff em Belo Horizonte também está na equipe de marketing e comunicação da campanha petista. Dilma chamou o marqueteiro João Santana – o mesmo do candidato do PT, Fernando Haddad, em São Paulo – e o seu ex-assessor Ricardo Amaral para ajudar Patrus.

O PT aposta no início da propaganda eleitoral na televisão para alavancar a candidatura do ex-ministro de Lula. De acordo com o último Datafolha, Marcio Lacerda tem 44% das intenções de voto, ante 27% de Patrus.

Mesmo em desvantagem em relação ao adversário no tempo de exposição na televisão – Lacerda tem 14 minutos e 19 segundos -, Patrus pretende usar seus 8 minutos e 22 segundos para mostrar, nos primeiros programas, sua ligação com a cidade da qual foi prefeito (1993-1996) e vereador.

“O programa vai resgatar o passado, apontando para o futuro”, define um petista. Além de depoimentos da presidente Dilma, Patrus contará também com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi liberado no início da semana para entrar de vez na campanha eleitoral, em seus programas de televisão.

Patrus deve passar o Dia dos Pais gravando cenas externas e no estúdio. A equipe de João Santana quer deixar alguns programas prontos até o início da propaganda eleitoral na TV. Candidato de última hora, o petista não passou por nenhuma mudança de visual, diferentemente do que acontece normalmente com os postulantes a cargos majoritários. A única orientação do marqueteiro foi para que o petista aparasse a barba.

O improviso na montagem da candidatura de Patrus, que só entrou na disputa no dia 5 de julho, em cima da hora do prazo final para o registro na Justiça Eleitoral, também está refletido nos gastos de sua campanha. O petista declarou, até agora, ter gastado 75,8 mil reais, o que equivale a 6,3% das despesas do rival Marcio Lacerda, que gastou 1,21 milhão de reais.

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