Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Base de Bolsonaro manobra para adiar discussão sobre voto impresso

Deputado Filipe Barros pediu para alterar texto de seu relatório, evitando derrota iminente da proposta nesta sexta-feira, 16

Por Leonardo Lellis Atualizado em 16 jul 2021, 17h44 - Publicado em 16 jul 2021, 17h08

O presidente da comissão especial da Câmara que analisa o voto impresso, deputado federal Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), encerrou a reunião nesta sexta-feira, 16, a pedido do relator da proposta Filipe Barros (PSL-PR). Antes da votação que poderia derrubar a proposta, Barros afirmou que pretendia fazer alterações em seu texto.

Martins, que também é da base de apoio ao presidente Jair Bolsonaro, concordou e encerrou a tumultuada reunião com base em um artigo do Regimento Interno da Casa. A oposição, que contava com maioria para enterrar a proposta, protestou alegando que o prazo para alterações do relatório havia se esgotado.

Com a manobra, os deputados evitaram a derrota iminente da proposta que pretende instituir o voto impresso já nas eleições de 2022. O relator tem tido dificuldades em aprovar seu texto desde que a comissão teve sua composição modificada. Agora, o debate só será retomado após o recesso parlamentar, em agosto.

A aprovação da proposta perdeu força depois que líderes de onze partidos, inclusive da base de Bolsonaro, como Republicanos, PL, PP e PSL (ex-partido do presidente que abriga boa parte de sua base ideológica) passaram a se posicionar contra o tema e a trocar os seus representantes no colegiado.

Os líderes também se reuniram com Alexandre de Moraes, ministro do STF e futuro presidente do TSE nas eleições de 2022. O tema é um dos mais caros do presidente Jair Bolsonaro, que acusa, sem qualquer prova, o sistema eletrônico de ser fraudulento — e foi o pivô da pior crise entre o governo e o Supremo.

Continua após a publicidade

Em uma escalada de ataques, Bolsonaro ameaçou no dia 9 de julho a realização das eleições de 2022 se o voto impresso não for aprovado e chamou o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, de “imbecil” e “idiota” por se posicionar em defesa da urna eletrônica.

Mesmo uma nota do Tribunal Superior Eleitoral sugerindo que Bolsonaro poderia responder por crime de responsabilidade não foi capaz de parar o presidente, que, no sábado, 10, voltou a atacar Barroso.

Reportagem de VEJA desta semana mostra os bastidores do levante de ministros do Supremo para que o presidente do tribunal, Luiz Fux, tomasse providências acerca do comportamento do chefe do Executivo, que ensaiou um recuo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.