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Barrados no baile: grandes eventos assombram governantes com a popularidade em queda

Ausentes na final da Copa das Confederações, Dilma Rousseff e Sérgio Cabral amargam declínio de popularidade. Prefeito Eduardo Paes foi ao Maracanã, mas não foi anunciado pelo sistema de som do estádio. Os três ainda têm pela frente a Jornada Mundial da Juventude e o Rock in Rio

Por Da Redação
Atualizado em 10 dez 2018, 10h52 - Publicado em 1 jul 2013, 15h07

Nem Dilma nem Cabral. Presentes a toda sorte de inaugurações, celebrando a parceria PT-PMDB no estado do Rio, a presidente da República e o governador do estado escaparam de uma provável vaia na final da Copa das Confederações, no Maracanã. Eduardo Paes, o prefeito, até arriscou, mas preferiu não ser anunciado, testemunhando a vitória da seleção sobre a Espanha quase anônimo, ao lado da tribuna. Só ele, portanto, da tríade de governantes aliados pôde ver e ouvir as mais de 70 mil pessoas esticando o Hino Nacional para além da gravação, com alguns brasileiros emotivos às lágrimas. Fora do estádio, o que rolava era o gás lacrimogêneo de um protesto que tinha os três – Dilma, Cabral e Paes – como alvos preferenciais.

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O Datafolha, que no sábado detalhou em números o solavanco na aprovação da presidente Dilma Rousseff – de 57% para 30% de avaliações “ótimas” ou “boas” – revelou, nesta segunda-feira, o restante do estrago. O “ótimo” e “bom” de Sérgio Cabral despencou de 55% para 25%; o de Paes, de 50% para 30%. A pesquisa, realizada nos dias 27 e 28 de junho, capturou a temperatura das ruas depois dos protestos que eclodiram em todo o país. Mas antes das entrevistas do Datafolha as vaias dirigidas à presidente, na abertura da competição, em Brasília, indicavam que a ladeira estava próxima.

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O desfecho da Copa das Confederações não poderia ser pior para os eleitos da ‘era de ouro’ no Rio de Janeiro. Cabral, Paes e Dilma terminam a competição expulsos da festa, quando esperavam ser os anfitriões festejados pela conquista de tantos eventos internacionais. Estes, aliás, passaram a ser motivo de preocupação. Ou uma bomba relógio, se consideradas as próximas concentrações de público na agenda do Rio de Janeiro.

Dentro de 22 dias, começa na cidade a Jornada Mundial da Juventude (JMJ 2013). A chegada de 2 milhões de fiéis à cidade migrou do campo dos festejos para o da preocupação com segurança, novos protestos e risco de vaias diante do papa Francisco. Para os manifestantes, os eventos da JMJ são um maná: público imenso, imprensa mundial presente, grandes áreas a céu aberto sem controle de acesso. A partir da eclosão dos protestos, a segurança do papa precisou ser revista, e é motivo de intermináveis reuniões entre os organizadores. O ‘x da questão’ no momento é o uso do Papa Móvel: as autoridades de segurança avaliam se é seguro usar a versão aberta do veículo, ou se será preciso manter o pontífice circulando dentro da caixa de vidros blindados do carro fechado.

A simpatia internacional angariada pela campanha do “não é por 20 centavos” deve reverberar também em setembro, nos sete dias do Rock in Rio. A organização do festival não respondeu, ainda, como pretende lidar com faixas e cartazes. Em situações normais, corações e palavras ‘fofas’ dirigidas aos astros do rock seriam algo previsível. Se os protestos vão sobreviver para ocupar espaço nas faixas, cartazes e camisetas do rock, só o tempo dirá.

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