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Aumento para Sérgio Cabral, auxílio-moradia para juízes: o feliz Natal das autoridades do Rio

Governador acumula, desde o início de seu primeiro mandato, em 2007, aumento salarial de 71,3%. Juízes e promotores poderão receber, sem pagar IR, até 5.000 reais por mês para morar com segurança e dignidade. Estado tem atualmente 83.000 pessoas morando em áreas de risco

Por Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
21 dez 2013, 07h16

Com graves problemas de moradia, agravados pelas chuvas de verão, que deixam rastro de mortes e destruição, o Estado do Rio de Janeiro termina 2013 com uma mudança e tanto na área habitacional. Os 841 magistrados do Tribunal de Justiça receberão, a partir de 2014, um adicional em seus contracheques, a título de auxílio-moradia – para ajudar os servidores a custear sua morada de forma digna, segura, e sem comprometer seus vencimentos. Promotores de Justiça, que já recebem o benefício, terão aumento nos valores destinados à mesma finalidade. O Estado do Rio tem atualmente 83.000 pessoas morando em áreas de risco de deslizamento ou inundação por chuvas de verão, de acordo com o Departamento de Recursos Minerais do Estado do Rio de Janeiro; e 6.589 pessoas fora de casa, desabrigadas pela chuva, recebendo provisoriamente até 500 reais de aluguel-social.

No mesmo dia da concessão dos benefícios para juízes e promotores, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) aprovou aumento de salário para o governador. Sérgio Cabral passará a receber 21.868,14 reais por mês em 2014 – quando deverá renunciar para deixar o caminho livre para seu vice, Luiz Fernando Pezão, ganhar visibilidade e musculatura para a campanha eleitoral, como pré-candidato do PMDB ao Guanabara. O vice não foi esquecido no pacote aprovado pela Alerj: Pezão passará a receber 18.421,99 reais – elevação de 93,1% em relação aos 9.540,02 reais que recebia em 2007, quando começou o governo Cabral.

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Desde que Sérgio Cabral chegou ao Palácio Guanabara, o salário de governador subiu 71,3%. Se for confirmado um avanço de 0,72% do IPCA em dezembro, como projeta o mercado, a inflação acumulada do começo de 2007 ao fim deste ano será de 45,61%. Mesmo que a inflação fique no teto da meta em 2014 (6,5%), Cabral obteve reajustes muito acima do aumento do custo de vida no país – um prêmio e tanto, para um governador recordista de rejeição popular e que é considerado, por aliados políticos, péssimo cabo eleitoral.

Os projetos que concedem benesses ao governador, juízes e promotores foram aprovados na última quarta-feira, penúltimo dia de atividade legislativa de 2013, em sessão extraordinária da Alerj. Com o auxílio-moradia para os magistrados, poderão ser gastos pouco mais de 46 milhões de reais por ano. Cada um pode receber até 18% do salário – ou seja, quanto maior o salário, maior o auxílio para morar. O valor máximo é de cerca de 5.000 reais.

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Juízes, assim como promotores, têm vencimentos que variam de 22.000 a 28.000 reais. Com o Ministério Público, o gasto total com auxílio-moradia, que era de 1,1 milhão de reais em 2013, passará a custar cerca de 8,6 milhões por ano. A regra é semelhante à da magistratura, com máximo de 18% do salário-base.

Como são considerados verba indenizatória, os ganhos com auxílios desse tipo são isentos de Imposto de Renda. Ou seja: promotores e juízes conseguirão receber mais sem a mordida do ‘leão’.

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