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Atos a favor de Bolsonaro e Lula têm público abaixo do esperado

Apesar de convocações e da presença de ambos, manifestações do Dia do Trabalho em Brasília, São Paulo e diversas cidades do país foram esvaziadas

Por Da Redação Atualizado em 1 Maio 2022, 21h49 - Publicado em 1 Maio 2022, 20h22

O feriado do Dia do Trabalhador deste domingo, 1º de maio, registrou manifestações a favor do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em diversas cidades brasileiras. Mas apesar das convocações e da presença de ambos, os atos tiveram presença do público abaixo do esperado.

São Paulo registrou atos a favor de Bolsonaro e Lula separados por pouco mais de 3 km. O presidente participou por meio de vídeo na manifestação pró-governo na Avenida Paulista, enquanto o petista fez um inflamado discurso na Praça Charles Miller, em frente ao estádio do Pacaembu.

Mais cedo, Bolsonaro passou rapidamente pela Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para cumprimentar centenas de apoiadores. Imagens aéreas mostraram que todos os atos tiveram público mais baixo do que o habitual. A Polícia Militar não divulgou estimativas de público até o momento.

Bolsonaro preferiu não discusar durante o ato em Brasília, que continha mensagens contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e de apoio ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), que recebeu indulto presidencial depois de ser condenado a oito anos e nove meses de prisão STF por envolvimento nos atos antidemocráticos.

O presidente, portanto, evitou o clima de confronto e apenas caminhou em frente ao Congresso Nacional, ao lado da cerca que impedia os manifestantes e chegarem próximo na Praça dos Três Poderes. “Vim cumprimentar o pessoal, de estar aqui em uma manifestação pacífica, em defesa da Constitutuição, da democracia e da liberdade. Bolsonaro usava uma pulseira azul, onde se lia “Apocalipse”.

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Presidente Jair Bolsonaro usa pulseira com inscrição
Presidente Jair Bolsonaro usa pulseira com inscrição “Apocalipse” durante ato em Brasília – (Reprodução/Facebook)

Bolsonaro ainda participou virtualmente do ato de apoiadores na Avenida Paulista. Entrando em vídeo ao vivo direto do Palácio do Alvorada, Bolsonaro falou em “lealdade” aos seguidores, prometeu que irá com eles “onde estiverem” , mencionou a “liberdade” e a associação de seu governo com “Deus e a família”.

Daniel Silveira, por sua vez, participou dos atos a favor de Bolsonaro na praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. Em um carro de som, o deputado disse que o Brasil “tem presos políticos” e”age como uma ditadura”.

Lula pede desculpas a policiais e ataca Bolsonaro

O ex-presidente Lula (PT) discursou durante ato do Dia do Trabalhador/1º de maio, na Praça Charles Miller, em frente ao Pacaembu, em São Paulo (SP)
O ex-presidente Lula (PT) discursou durante ato do Dia do Trabalhador/1º de maio, na Praça Charles Miller, em frente ao Pacaembu, em São Paulo (SP) (Ricardo Stuckert/Divulgação)

Lula chegou a atrasar o seu discurso em algumas horas para que mais gente chegasse ao ato convocado por  convocado por sete centrais sindicais, entre elas as duas maiores do país, CUT e Força Sindical – todas apoiam a candidatura do petista à Presidência. O líder das pesquisas para as próximas eleições presidenciais criticou a alta da inflação e a redução do poder de compra dos brasileiros e mandou um recado para a Bolsonaro.

O petista iniciou o discurso se desculpando pela fala de sábado que repercutiu mal entre a classe policial — na ocasião, ele afirmou que “Bolsonaro só gosta de polícia, não gosta de gente”. “Quero começar fazendo uma coisa que as pessoas não costumam dizer (…) eu queria, na verdade, era dizer que o Bolsonaro só gosta de milícia e não gosta de gente (…) quero pedir desculpa aos policiais nesse país, porque muitas vezes cometem erros, mas muitas vezes salvam muita gente do povo trabalhador, e temos que tratá-los como trabalhador”, disse Lula.

Ao falar sobre economia, o ex-presidente relembrou de seus governos e afirmou que, durante os oito anos de mandato, o salário mínimo teve alta de 77% com inflação dentro da média. Lula criticou, ainda, o atual cenário de aumento descontrolado dos preços, defendeu a garantia de direitos trabalhistas e prometeu que, se eleito, dará um “banho de emprego” no país.

Apesar de dizer que não poderia falar sobre eleições, o ex-presidente cutucou Bolsonaro e disse que, neste ano, “alguém melhor” do que o atual presidente ganhará o pleito — e acenou às centrais, afirmando que, em seu eventual futuro governo, os sindicatos serão chamados a uma mesa de negociação para discutir política de aumento de salário mínimo e valorização da seguridade social e da saúde pública.

Além dos discursos, o evento esvaziado contou com show das cantoras Daniela Mercury e Leci Brandão e os rappers Dexter e KL Jay (Racionais MC’s) e foi o maior e mais aberto evento de campanha de Lula. Até então, o petista se limitava a encontros em ambientes mais controlados, com plateias formadas exclusivamente por simpatizantes, como as idas recentes a assentamentos do MTST (sem-teto) e do MST (sem-terra) e encontros com indígenas, artistas, intelectuais e lideranças sindicais.

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