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Assessoras negam à PF que fizeram serviços de babá e doméstica a Shéridan

Deputada federal pelo PSDB de Roraima é investigada pela contratação é suspeita de admitir empregados domésticos em seu gabinete

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 4 jan 2019, 17h06 - Publicado em 3 jan 2019, 12h22

Assessoras da deputada federal Shéridan de Oliveira (PSDB-RR) negaram, em depoimento à Polícia Federal, terem prestado serviços pessoais à parlamentar enquanto estiveram nomeadas na Câmara Federal. A tucana, que foi reeleita, é investigada por supostamente admitir empregados domésticos em seu gabinete.

O inquérito foi aberto em setembro de 2018, pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, atendendo a pedido do vice-procurador-geral da República, Luciano Mariz Maia. As investigações se iniciaram na PF em Roraima, que representou à PGR ‘dando conta de que a deputada federal Shéridan Estérfany Oliveira de Anchieta emprega como funcionárias de seu gabinete na Câmara dos Deputados a babá de suas filhas e uma empregada doméstica’.

Fabrícia Viana da Costa, que recebe 10 mil reais mensais líquidos, é uma das servidoras investigadas. No dia 6 de novembro, ela compareceu à Superintendência da PF em Roraima, e afirmou que trabalha no gabinete da deputada em Boa Vista (RR), além de fazer ‘viagens esporádicas à Brasília’.

A assessora ainda afirmou que ‘na qualidade de Secretária Parlamentar faz arquivamento de documentação, atende telefone, faz a agenda da Deputada quanto ela está em Boa Vista-RR, solicitação de passagem, marca reuniões, liga para as pessoas que a Deputada quer falar, que faz de tudo um pouco’. Ainda disse que ‘os 10 mil reais líquidos que recebe sempre ficaram com ela, para usufruir de acordo com suas decisões pessoais’.

“Nunca foi orientada ou obrigada a repassar alguma quantia para alguém”, afirmou Fabrícia. “As atividades desempenhadas à deputada Shéridan sempre se restringiram às atividades de Secretária Parlamentar, nunca desempenhei atividades estranhas às minhas atribuições.”

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Já Luzinete Portugal, que chegou a trabalhar como babá da filha da deputada, disse que deixou de prestar serviços pessoais para a parlamentar após ser nomeada em seu gabinete. Ela afirmou ter recebido 4 mil reais e que ‘não sabe dizer como era o seu registro à época na Câmara dos Deputados, não sabe dizer se estava registrada como secretária parlamentar’

Luzinete alegou que conheceu a deputada em 2008, quando Shéridan era a primeira dama de Roraima, ainda casada com o então governador. José Anchieta Júnior (PSDB). Segundo ela , a deputada ‘precisou de uma babá para filha dela’ e a secretária da tucana, de nome Katiana, entrou em contato e fez uma entrevista.

Ela afirma que ‘ficou acertado verbalmente, sem formular contrato, um período de experiência durante três meses’. Relatou que chegou a ser contratada com carteira assinada como babá da filha da Shéridan e que trabalhou até janeiro de 2015. Segundo Luzinete, a filha da deputada já estava com oito anos e não precisava mais de babá e foi dispensada.

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Ela alega que ‘três meses após ser dispensada, Shéridan a procurou e fez a proposta para que a declarante trabalhasse como secretária parlamentar, pois surgiu uma vaga no escritório em Boa Vista, base de representação do gabinete em Brasília’.

Em novembro de 2017, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ofereceu denúncia ao Supremo Tribunal Federal contra a deputada por compra de votos a favor do ex-marido da tucana, José Anchieta Júnior. Segundo a acusação, Shéridan ofereceu vantagens a moradores de Boa Vista para obter votos para Anchieta, que buscava a reeleição ao governo do Estado, em 2010.

Na ocasião, Shéridan era secretária de Promoção Humana e Desenvolvimento no Estado. Ainda segundo a Procuradoria-Geral, eleitores do bairro Pintolândia, em Boa Vista, apontaram que Shéridan ofereceu a inscrição em um programa social do governo, pagamento de multas de trânsito e outras vantagens para garantir voto no marido.

Outro lado

Por meio de sua assessoria, Shéridan afirmou que os depoimentos demonstraram que as assessoras não realizavam as atividades das quais eram acusadas e que as denúncias “denúncias eram vazias, sem comprovação fática e com o objetivo de atingir a imagem pessoal, política e a honra da deputada”.

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A deputada, que foi reeleita, afirmou que “defenderá não apenas a sua honra, mas também a das servidoras que com ela trabalham, sempre que forem atingidas por atitudes inescrupulosas, machistas e racistas”. “A Justiça, oportunamente, responsabilizará aqueles que, ainda hoje, se comportam desse modo reprovável”, conclui a nota.

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