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Assassino confesso de Camata, ex-assessor o acusou de corrupção no passado

Marcos Venicio Andrade, que prestou serviços para Camata por 19 anos, declarou que a motivação para o crime foi uma ação judicial movida pelo ex-governador

Por Diego Freire Atualizado em 26 dez 2018, 22h46 - Publicado em 26 dez 2018, 19h42

Um histórico conflituoso com um ex-assessor que o acusou de corrupção culminou na morte do ex-governador do Espírito Santo, Gerson Camata, na tarde desta quarta-feira 26 de dezembro. Marcos Venicio Moreira Andrade, que prestou serviços de contabilidade para Camata por 19 anos (de 1986 a 2005), confessou o crime e o justificou mencionando uma disputa judicial, de acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Espírito Santo.

Em depoimento após sua prisão, Andrade contou ter atirado depois de tirar satisfação com o ex-governador, em frente ao comércio na rua Joaquim Lyrio, no bairro Praia do Canto, zona nobre da capital capixaba. Ele disse ter 60.000 reais bloqueados de suas contas em decorrência da ação judicial movida por Camata.

Andrade, de 66 anos, foi autuado em flagrante por homicídio qualificado por motivo torpe, e dificultar a defesa da vítima e será encaminhado na quinta-feira, 27, pela manhã para o Centro de Triagem de Viana (CTV).

Parceiros até 2005, Camata e Marcos Venicio assumiram lados opostos em 2009, quando o ex-contador denunciou o político em depoimento ao Ministério Público Federal do Espírito Santo (MPF-ES), por irregularidades no período em que foi senador. De acordo com as denúncias, o político recebia mesadas de empreiteiras , emitia recibos falsos para prestação de contas de campanhas ao Tribunal Regional Eleitoral, além de se apropriar de 30% do salário de seu funcionário para pagar despesas pessoais.

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Na época, em entrevista para o jornal local A Gazeta, Marcos Venicio comentou ter ganhado o apelido de “Marcos Camata”, tamanha sua intimidade com o ex-patrão. “Eu tinha a chave da casa dele. Era só abrir o portão. Não precisava tocar a campainha”, disse.

Camata, ainda no cargo de senador, negou todas as denúncias e se disse “magoado” com o ex-colaborador. Afirmou que Marcos Venicio Andrade enfrentava “problemas psicológicos que comprometeriam o teor de seu depoimento” e chorou em discurso no Senado, no qual se disse inocente e declarou que colaboraria com a investigação de todas as denúncias. 

Gerson Camata foi o primeiro governador democraticamente eleito depois da Ditadura Militar no Espírito Santo, no período de reabertura política, entre 1983 e 1986. Também foi senador pelo estado, de 1987 até 2011.

Gerson Camata, ex-governador do Espírito Santo (Geraldo Magela/Agência Senado)
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