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Arapongas se calam diante da CPI do Cachoeira

Idalberto Matias de Araújo, conhecido como Dadá, e Jairo Martins de Sousa optaram por não responder às perguntas dos parlamentares

Por Da Redação 24 Maio 2012, 13h09

Confirmando a estratégia jurídica de permanecer em silêncio para evitar a autoincriminação, os arapongas Idalberto Matias de Araújo, conhecido como Dadá, e Jairo Martins de Sousa optaram por não responder as perguntas dos parlamentares naquele que seria o depoimento deles à CPI do Cachoeira, no Congresso Nacional. “Foi a primeira vez que vi um silêncio absoluto dado pela voz de comando da quadrilha”, ironizou a senadora Kátia Abreu (PSD-TO). “Carlinho Cachoeira é um chefe de quadrilha eficiente”.

No início da sessão da comissão de inquérito, após acordo costurado pelo presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), deputados e senadores aprovaram requerimento do senador Pedro Taques (PDT-MT) para que fossem finalizados antecipadamente os depoimentos daqueles que não quisessem falar à comissão. “Na reunião passada da CPI, Carlinhos Cachoeira exerceu o direito constitucional ao silêncio. O processo legal da CPI foi cumprido. Não podemos transformar essa CPI em um circo”, opinou Taques ao defender a dispensa dos depoentes.

Antes daquele que poderia ser o depoimento de Dadá, o advogado Leonardo Gagno, que integra a defesa do araponga, disse que são ilegais as interceptações telefônicas em que aparecem o ex-sargento da Aeronáutica. Dadá é especialista em gravações e, na organização de Carlinhos Cachoeira, seria uma espécie de coordenador da área de inteligência, recebendo pelas informações que Cachoeira queria saber.

“As interceptações telefônicas são ilegais, sem fundamento e também o inquérito da operação Monte Carlo, da Polícia Federal, teve origem a partir de uma denúncia anônima”, opinou Gagno. “A principal estratégia da defesa é para anular as provas. Se anularmos as escutas, todas as provas derivadas dele também ficam contaminadas, como uma fruta em uma árvore envenenada”, explicou o advogado, que negou que Dadá tivesse acesso privilegiado à Agência Brasileira de Inteligência (ABIN).

“Dadá só abastecia Cachoeira com informações e recebia por isso. É uma atividade lícita”, resumiu a defesa. “Ele não tem condição nenhuma de fazer grampos telefônicos. Nunca foram da arapongagem. Isso foi uma alcunha que criaram para eles”. Gagno também é advogado de Jairo Martins e disse que o araponga, que também se recusou a responder às perguntas da CPI, era contratado para apurar, a pedido de Cachoeira, reportagens e informações.

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