Condenado a 15 anos e quatro meses de prisão por corrupção passiva, organização criminosa e 27 operações de lavagem de dinheiro em uma das ações penais da Operação Lava Jato, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto defendeu nesta quarta-feira que seja absolvido sumariamente de outra acusação. Vaccari também é réu acusado de receber propina de pelo menos três contratos que envolvem a empreiteira Engevix em obras da Petrobras. O principal argumento da defesa do petista é o de que as suspeitas contra ele são baseadas exclusivamente nos depoimentos de delação premiada do lobista Milton Pascowitch, que detalhou como funcionava o esquema de pagamento de vantagens indevidas da Engevix a agentes públicos. “O que se tem nos autos é muito pouco, para não se dizer nada”, alega o advogado Luiz Flávio Borges D’Urso. O Ministério Público narra, porém, que Vaccari, o ex-ministro José Dirceu e o lobista Fernando Moura “solicitaram, aceitaram e receberam, para si ou para outrem, os valores espúrios oferecidos/prometidos pelos executivos da Engevix e aceitos pelos funcionários da Petrobras, agindo assim como beneficiários do produto da corrupção”. (Laryssa Borges, de Brasília)