Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Após derrota, Haddad prega ‘coragem’ contra ‘medo’ e se projeta para 2022

Agora ex-presidenciável, petista quer 'reconexão' da legenda com as ruas e as bases e promete oposição vigilante a governo Bolsonaro, a quem não mencionou

Por Guilherme Venaglia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 out 2018, 21h19 - Publicado em 28 out 2018, 20h29

Em seu discurso após a derrota nas eleições presidenciais de 2018, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) pediu, em um tom emotivo, “coragem” a uma plateia formada por militantes e políticos aliados e colocando a sua “vida à disposição desse país”.

“Não tenham medo. Nós estaremos aqui, nós abraçaremos a causa de vocês. A vida é feita de coragem”, disse o petista, pouco depois de colocar “a sua vida à disposição desse país” e de citar as eleições presidenciais de 2022, projetando-se para liderar o PT após o pleito deste domingo. “Verás que um professor não foge à luta, nem teme quem adora a liberdade à própria morte”, disse, em outro trecho.

Haddad não citou o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) em nenhum momento do seu discurso, mas cobrou do novo governo “respeito” a “uma parte expressiva da população brasileira” que o escolheu neste segundo turno. “[Essa parte] Diverge da maioria e tem outro projeto de país, mas precisa ser respeitada”. Ele também defendeu a posição da sua legenda para liderar a oposição, em especial na vigilância das instituições, que, diz, passam por instabilidades nos últimos anos, citando o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Desde o início da tarde, o clima de velório no hotel onde a militância petista acompanhava a apuração se alternava com fiapos de esperança, em virtude do crescimento do ex-prefeito nas pesquisas realizadas durante a última semana. Mas tão logo as pesquisas de boca de urna e a primeira parcial da apuração foram divulgadas, a tensão e as conversas foram substituídas por um silêncio sepulcral, aos poucos seguidos de choros da militância petista.

Ao longo da tarde, também foi possível identificar aquele que passa a se tornar uma persona non grata no partido, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), duramente criticado em caráter reservado por lideranças da legenda. E outros que se tornam aliados ainda mais próximos, como o também ex-presidenciável Guilherme Boulos (PSOL), levado ao palco durante o discurso de Haddad, junto com dirigentes dos partidos que integravam a coligação petista, o PCdoB e o Pros.

Após o discurso de Haddad, a militância começou a entoar gritos de “a luta começou” e também a invocar o nome do ex-presidente Lula. A cerimônia foi antecedida por gritos de “fascista” durante o discurso de Bolsonaro. Antes do início, foi feito um minuto de silêncio em homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada no Rio em março deste ano, e ao capoeirista Mestre Moa do Catendê, assassinado durante uma discussão política na Bahia na campanha eleitoral deste ano.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.