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Após críticas à delação premiada, Mariz é descartado por Temer para o Ministério da Justiça

Criminalista há 40 anos e amigo de longa data de Temer, o advogado chegou a ser sondado pelo vice-presidente para assumir a pasta; ele defende Temer no STF no âmbito da Lava Jato

Por Da Redação
27 abr 2016, 09h15

Cotado previamente para o Ministério da Justiça em um eventual governo de Michel Temer (PMDB), o advogado Antônio Claudio Mariz de Oliveira integrou o grupo que assinou o manifesto crítico à Operação Lava Jato e é defensor do peemedebista no Supremo Tribunal Federal no âmbito da operação. Considerado um dos mais experientes criminalistas do país e amigo de longa data de Temer, Mariz negou ter sido convidado oficialmente pelo vice-presidente, mas afirmou que, se fosse indicado, iria aceitar o desafio e não iria interferir na atuação da Polícia Federal, que está subordinada ao Ministério. Após conceder entrevistas controversas à imprensa, o nome de Mariz foi descartado por Temer, conforme revelou a coluna Radar Online nesta quarta-feira.

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o advogado fez críticas às delações premiadas no molde em que estão sendo feitas atualmente. “Sou contra a delação nesses termos e, especialmente, a delação do preso. Quem está detido não tem vontade, a vontade é sair da cadeia. A lei fala efetividade e voluntariedade [do acusado]. Ele ponderou ser favorável à colaboração “desde que ela se adapte ao Judiciário brasileiro”. Ao jornal, o advogado também disse que a PF precisa ter outros focos além do combate à corrupção, como o crime organizado.

O vice-presidente teria ficado contrariado com as declarações, que reforçavam os ataques petistas de que, se assumisse a Presidência, o peemedebista agiria para blindar aliados do alcance da Lava Jato

Mariz atua na defesa de Temer nas acusações de que ele teria sido o “padrinho” na Petrobras de dois alvos do petrolão. O nome dele aparece na delação do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS). O criminalista também defende o empresário Lúcio Bolonha Funaro, apontado como suposto operador do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e foi advogado do ex-vice-presidente da Camargo Corrêa Eduardo Leite. Ele deixou a defesa do executivo, depois que este firmou acordo de delação premiada.

No manifesto crítico à Lava Jato, os advogados, entre eles Mariz e outros defensores de alvos da Lava Jato, denunciaram a “violação de regras mínimas para um justo processo” e classificaram a operação como “uma espécie de inquisição”.

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Criminalista há cerca de 40 anos, Mariz já foi secretário de Justiça e Segurança Pública de São Paulo na época do falecido governador Orestes Quércia (PMDB) e presidente da OAB-SP.

Leia também:

Manifesto de advogados dribla todas as questões honestas sobre a Lava Jato

(Com Estadão Conteúdo)

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