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Após bolsa cair, Temer diz que se empenha para mudar Previdência

‘Toda minha energia’ está voltada a isso, diz presidente em vídeo postado logo após mercado mostrar pessimismo com capacidade do governo de aprovar mudanças

Por Da Redação Atualizado em 7 nov 2017, 21h58 - Publicado em 7 nov 2017, 21h49

Pouco depois de a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ter fechado em queda – abaixo dos 73 mil pontos pela primeira vez em dois meses -, principalmente em razão do receio de que o governo não conseguirá aprovar a reforma da Previdência, o presidente Michel Temer (PMDB) reagiu e disse que está usando “toda a sua energia” para tentar encaminhar a aprovação das mudanças.

“Eu quero transmitir a ideia de que toda a minha energia está voltada para concluir a reforma da Previdência”, disse o presidente em vídeo postado em suas contas nas redes sociais. Ele lembrou que se reuniu na segunda-feira e nesta terça com líderes do governo e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), para tratar do assunto. “E verifiquei neles a disposição de produzir uma reforma previdenciária para o nosso país.”

A fala de Temer foi uma tentativa de consertar os estragos provocados por outras declarações suas, feitas na segunda-feira, quando minimizou a importância de a reforma não ser aprovada. “A reforma não é minha, não é pessoal, e a essa altura é do governo, mas compartilhada. Se, em um dado momento, a sociedade não quer, a mídia não quer e a combate, e naturalmente o Parlamento, que ecoa as vozes da sociedade, não quiser aprová-la, paciência. Eu continuarei a trabalhar por ela, porque sei da importância da reforma da Previdência”, disse.

No vídeo de hoje, Temer pede aos brasileiros que ajudem a divulgar a importância das mudanças previdenciárias. “Converse com seus amigos, no seu trabalho, na sua casa, na sua atividade, onde você estiver e mostre a todos que a reforma da Previdência é fundamental para o nosso país”, disse.

 

 

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O pessimismo gerado pelas declarações de Temer na segunda-feira provocou uma correria de líderes políticos no sentido de minimizar o seu efeito. Rodrigo Maia defendeu que o presidente seja firme junto aos parlamentares sobre a necessidade de aprovar o projeto, mas disse que não estava otimista com a sua aprovação, “porque o tema é polêmico”, mas “necessário para evitar o aumento da dívida pública”.

“O presidente deve chamar seus líderes dos partidos, individualmente, e tentar mais uma conversa de forma bem tranquila, mostrando qual é o impacto da não realização da [reforma da] Previdência já em 2018. A despesa da Previdência está crescendo 50 bilhões, 60 bilhões de reais por ano, e isso vai tornar o Brasil inviável em pouco tempo. Nós vamos caminhar para uma relação dívida-PIB bruto insustentável”, afirmou.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, também publicou vídeo nas redes sociais dizendo que o governo está empenhado junto aos seus aliados na Câmara e no Senado para aprovar a reforma. “Nós necessitamos indubitavelmente da reforma da Previdência. Não podemos entrar em 2019 sem que ela seja aprovada”, afirmou.

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A reforma está paralisada desde 29 de junho, quando a Câmara recebeu do Supremo Tribunal Federal (STF) a primeira denúncia contra Temer com base na delação premiada da JBS, pelo crime de corrupção passiva, apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A acusação contribuiu para dispersar o apoio dos partidos da base aliada à proposta de mudanças previdenciárias.

Maia sinalizou que apoia o avanço da proposta de forma reduzida, por meio de projeto de lei ou outra proposição que necessite de menos votos. Por se tratar de uma emenda constitucional, a proposta atual precisa de pelo menos 308 votos entre os 513 deputados para ser aprovada. A votação deve ocorrer em dois turnos.

Queda

O esforço do ministro e do presidente da Câmara não adiantou. O Ibovespa caiu 2,55% e foi a 72.414 pontos, menor patamar de fechamento desde 5 de setembro (72.150 pontos).

Os receios de que a reforma não avance voltaram a crescer após a reunião da véspera de Temer com líderes da base aliada na Câmara, na qual o presidente reconheceu a possibilidade de derrota na apreciação do texto. Ao mesmo tempo, deixou a porta aberta para abrandamento adicional na proposta em direção a “um avanço que permita a quem vier depois fazer uma nova revisão”.

“De ontem para hoje deu a entender que o Congresso não vai ter número para votar e as agências de classificação já avisaram sobre o risco de rebaixamento sem essa reforma. Com isso, gera um estresse nos mercados”, disse o gerente de renda variável da H.Commcor Ari Santos.

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