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Debate da Record: Candidatos exaltam mulheres e criticam radicalismos

Manifestação #EleNão, no sábado, foi usada como bandeira, enquanto Bolsonaro e Haddad viraram alvo de críticas na Record por representarem polarização

Por Da Redação
Atualizado em 1 out 2018, 13h45 - Publicado em 30 set 2018, 20h00

As manifestações organizadas pelas mulheres em todos os 26 estados do país e no Distrito Federal no sábado (29), sob o lema #EleNão, em referência ao candidato Jair Bolsonaro (PSL), e a polarização entre o militar reformado e o petista Fernando Haddad, candidatos da direita e da esquerda que lideram as pesquisas de intenção de voto, marcaram o debate entre os presidenciáveis realizado na noite deste domingo (30), pela TV Record, o penúltimo antes do primeiro turno, em 7 de outubro. O próximo encontro está marcado para o dia 4, na rede Globo, em horário ainda não divulgado.

O encontro teve a participação de Alvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Ciro Gomes (PDT), Haddad, Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (Rede). Bolsonaro foi convidado, mas, devido ao seu estado de saúde, não participou. Ele se recupera em sua casa, no Rio, de uma facada recebida durante um ato de campanha, em 6 de setembro, em Juiz de Fora (MG). O capitão da reserva passou por duas cirurgias e não deve participar do encontro na Globo.

No primeiro bloco, os candidatos centraram as críticas no capitão da reserva, que lidera as pesquisas de intenção de voto. Ciro criticou sua ausência e sua fala de que não aceitará o resultado das urnas, caso saia derrotado. “Não se pode entrar no jogo para ganhar de qualquer jeito. O Bolsonaro fala muito grosso, mas tem momentos em que amarela”, afirmou Marina. Meirelles também disse que o ódio não cria empregos, em referência ao candidato do PSL. Alckmin, que vem tentando desconstruir a imagem do deputado em suas propagandas na TV foi quem mais tentou evidenciar a polarização entre PT e Bolsonaro, dizendo que o votar no militar reformado é trazer de volta ao poder o partido de Lula.

De olho no voto da esquerda, Ciro fez críticas a Haddad tentando equiparar o projeto do ex-prefeito de São Paulo de modernização da Constituição à proposta do general Mourão, vice de Bolsonaro, de reescrevê-la apenas com notáveis. O petista, que teve uma participação discreta no encontro, lembrou que lutou a vida toda pela democracia. Também partiu de um candidato da esquerda, Guilherme Boulos, a crítica às alianças do candidato de Lula com Renan Calheiros, em Alagoas, e Eunício Oliveira, no Ceará, ambos do MDB. Haddad afirmou que apenas encontrou Eunício e que não fechou acordos com ele.

Todos os candidatos aproveitaram a onda de protestos organizados por mulheres no sábado para defender a bandeira que elas encampam. Eles afirmaram ao longo de todo o debate apoiar os atos contra Bolsonaro, considerado por alguns candidatos como uma aula de democracia, e políticas públicas que visam a igualdade de gênero.

Veja como foi o debate entre os presidenciáveis na Record


00:22 – Henrique Meirelles: considerações finais

As eleições têm sido um ringue, tivemos até um pouco de delírio (em referência ao Cabo Daciolo). Quero brigar por emprego, renda e dignidade. Vou usar a confiança que conquistei para trazer emprego e renda. É o que interessa. Não interessa aos brasileiros essa guerra.

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00:21 – Cabo Daciolo: considerações finais

Obrigado, Deus. Glória! Acredito em sinais. Em avivamento. Estamos numa guerra espiritual. Tenho uma vice de pulso representando as mulheres brasileiras. Haverá paz, amor, domínio próprio. Brasil sem a Rede Globo pregando ódio e trabalhando como a Record, com amor e a voz de Deus


00:20 – Marina Silva: considerações finais

Entrei na campanha para oferecer a outra face. A verdade, o amor e, para um país desunido, a nossa união. Uma casa dividida não tem como subsistir. Agora é o campeonato de quem vai unir o Brasil. Tenho um equipe e vamos governar unidos.


00:19 – Guilherme Boulos: considerações finais

O que a vida quer da gente é coragem. Muita gente está assustada, mas vamos estar juntos para derrotar o atraso. Primeiro turno é votar no que se acredita. Eleição não é corrida de cavalos. Deposite seus sonhos nas urnas. Vote contra os privilégios. Vote com coragem. Ele não.


00:18 – Ciro Gomes: considerações finais

Quero me dirigir a quem não decidiu seu voto e a quem está votando contra um candidato. Eu te entendo. Se isso continuar acontecendo, a única certeza é que a crise vai continuar. Não sou PT nem anti. Examine a minha vida. Vamos unir a pátria. Sou o menos rejeitado, e preciso do seu voto.


00:17 – Alvaro Dias: considerações finais

Obtive votações recordes e imaginei obter respeito de todo o Brasil. Só tenho dito a verdade. Nosso desejo é refundar a República, de ética na administração do país. Sem combate à corrupção não venceremos as dificuldades

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00:15 – Fernando Haddad: considerações finais

A imagem que vislumbro é a dos brasileiros com carteira de trabalho e livro na mão — e não armas. Em 12 anos, criamos 20 milhões de empregos. Quem está reeducando o Brasil é a mulher que foi exigir esse direito. O Brasil vai voltar a ser feliz de novo.


00:14 –  Alckmin: considerações finais

Entramos na semana decisiva, nem o radicalismo do PT nem o do Bolsonaro. Eles não. Tenho certeza de que vamos unir o Brasil, melhorar a segurança, o emprego. As mulheres terão papel preponderante, um Brasil com paz e segurança.


00:10 – Ciro critica o fundo eleitora, mas usa

O candidato do PDT Ciro Gomes criticou o Fundo Eleitoral, após ser questionado pelo candidato Cabo Daciolo. No entanto, 98% de tudo que ele arrecadou na campanha eleitoral — cerca de 20 milhões até agora — veio desse recurso, repassado a ele pelo partido.

Por Guilherme Venaglia

Ciro Gomes (PDT), candidato à Presidência da República, participa de debate realizado pela TV Record, em São Paulo (SP) – 30/09/2018 (Nelson Almeida/AFP)

00:03 – Daciolo faz plateia rir

Daciolo diz que no oitavo dia como presidente vai dar emprego a todos. Ao final do discurso, pede para Ciro falar de fundo eleitoral. Plateia ri. Ciro fala em desemprego. “A indignação do Daciolo se generalizou”, diz. Tenta fazer um apanhado de suas propostas. “Fundo eleitoral é uma vergonha para o Brasil.” Na réplica, cabo Daciolo fala que “dá pra fazer campanha sem recurso” e diz que gastou 700 reais. Ciro fala que compreende a angústia dos brasileiros. “Não existe aplicativo de celular que resolva problema do emprego.” Candidato do PDT lembra ainda que vivemos uma polarização da política, relembra carreira e afirma que nunca respondeu por malfeitos. Diz, ao final, que quer unir a nação. Acaba o terceiro bloco.

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23:58 – Emprego

Marina pergunta a Daciolo qual a proposta do candidato do Patriota para criar empregos. Ele diz que a culpa do desemprego é do Haddad e do Meirelles. Culpa PT e MDB por investir fora do país, enquanto brasileiros estão na miséria. Com a Bíblia na mão, diz que os candidatos precisam amar o próximo. “Da próxima vez vou trazer óleo de peroba aqui.” Marina fala em recuperar a credibilidade do país e em compromisso contra a corrupção. Daciolo diz que vai abaixar os juros e que vai investir, mas não na Venezuela. “Comunismo fica lá na Venezuela.” Candidato diz que existe um perigo que ninguém fala, diz que Rússia e China estão se unindo contra os EUA. “Vão tentar matar uma massa.” Ele é interrompido pelos mediadores por estourar o tempo.


23:54 – Mulheres

Alvaro Dias pergunta a Marina sobre os direitos das mulheres. Candidata da Rede volta a falar em polarização entre PT e Bolsonaro. “Quero que o Brasil seja um país próspero”, diz. Defende criar empregos no turismo para as mulheres. Já o candidato do Podemos diz que gosta “tanto das mulheres”, afirma que é presidido por uma, e que elas ficarão felizes se acabar o tempo de “rouba, mas faz”. Ele critica o modelo corrupto de se fazer política e diz que governantes precisam pedir perdão ao povo brasileiro. Marina afirma que vai criar o programa “Renda Jovem” para dar bolsa para estudantes concluírem o ensino médio. Ela volta a dizer que Bolsonaro foi “chocado no ninho do PT”.


23:49 – O que fazer pelo emprego?

Alckmin pergunta a Alvaro Dias. Tucano fala que a população passa por dificuldades. “Qual sua proposta para retomar emprego?” Dias defende refundar a República, mudar o sistema de governo e a política tributária, que asfixia a economia. Alckmin lembra que reduziu impostos sobre o etanol em São Paulo. “Política é gostar de gente”, diz o tucano. Segundo ele, é preciso enxergar os problemas vividos pelos mais pobres. Dias diz que trabalhou duro para derrubar a CPMF. Diz ainda que o PT aumentou IOS.

Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à Presidência da República, participa de debate realizado pela TV Record, em São Paulo (SP) – 30/09/2018 (Nacho Doce/Reuters)

23:45 – ‘Radicais são parecidos’

Meirelles pergunta a Alckmin o que fazer para aumentar a confiança no país. Tucano fala em reformas, mas muda de assunto para comparar votações no Congresso do PT e de Bolsonaro, dizendo que os “radicais são parecidos”. “Ambos votaram contra o Plano Real. O PT votou no Lula, Bolsonaro também declarou que votou no Lula.” O candidato do MDB fala em economia, diz que a confiança no país subiu quando assumiu cargo no governo Temer, trazendo de volta o tema inicial. Alckmin, na tréplica, concorda que confiança é importante e diz que chamou os melhores economistas. “Tenho experiência. Aqui as contas estão em dia”, diz, em referência ao estado de São Paulo.


23:40 – Morte de LGBTs

Boulos pergunta a Meirelles se ele defende tratar o tema dos LGBTs em sala de aula. Ex-ministro diz que sim, que violência tem que ser combatida nas escolas e que é preciso investir nas polícias. “Existem estados que há dez anos não contratam um policial.” O candidato do PSOL rebate dizendo que não se resolve com polícia. Ele diz que Meirelles defende o Escola Sem Partido. “Família brasileira pode ser família com dois pais e duas mães”. O emedebista volta a responder que as escolas devem discutir toda a violência, como a violência contra as mulheres ou perseguições raciais. “Não podemos admitir nenhum tipo de discriminação.”

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23:36 – Reformas do Temer 

À pergunta de Haddad sobre reformas feitas pelo atual governo Boulos responde que todos os candidatos ali representam a agenda do presidente Michel Temer (MDB). Pede compromisso de revogar reformas do governo emedebista e critica proposta de reforma da Previdência. “Não vamos deixar aprovar.” Haddad chama as reformas de Temer de “entulho que cassou direitos” e diz que Bolsonaro que aprofundar isso. “Vivemos num período democrático para ampliar os direitos.” O petista defende o diálogo. Boulos diz que toda saída se dá pela democracia. Ele chama Bolsonaro de “candidato a ditador”.


23:30 – Democracia

Começa o terceiro bloco, também com confrontos diretos. Ciro pergunta a Haddad, diz que são professores e cita programa de governo do petista. Pedetista pergunta o que Haddad quer dizer com convocar Constituinte. Ex-prefeito de São Paulo fala em tornar Constituição mais moderna. Defende uma reforma constitucional. Petista diz que estados estão em crise, como Minas e Rio Grande do Sul. Proposta é de repactuar. Ciro diz que petista não acredita em nada do que está dizendo. Diz que ele está propondo uma vingança e o compara ao general Mourão, vice de Bolsonaro. Haddad responde que as ideias são diferentes. “Meu compromisso com a democracia não é de hoje.”


23:20 – Petrobras

Em pergunta sobre a Petrobras, feita por Alvaro Dias, Boulos defende transparência de repasses públicos. “Hoje você pode pedir comida pelo celular e avaliar o serviço. Mas não pode fiscalizar e avaliar o poder público”, diz o candidato do PSOL. Dias afirma que Petrobras foi roubada e que fez representações pedindo investigações sobre as negociações da estatal no governo do PT. Na tréplica, Boulos diz que a Justiça não pode ser seletiva e tem que “moralizar o próprio quintal”. Se houve corrupção da Petrobras, ele defende a punição dos culpados. “Não pode entregá-la.”


23:15 – Forças armadas

Daciolo pergunta a Alvaro Dias sobre as forças armadas, que, segundo ele, foram sucateadas. Dias diz que há um abandono total na área de inteligência. Daciolo afirma que o Brasil não tem sequer satélite de comunicação. Afirma ainda que jovens vão para o crime e que “vivemos numa guerra civil”. Candidato do Podemos muda de assunto e diz que Ciro Gomes está sendo injustiçado. “Da prisão em Curitiba, Lula comanda a campanha do PT e autoriza repasses de recursos para tirar apoiadores de Ciro e levá-los para o PT”. Haddad pede direito de resposta, que depois foi negado.


23:10 – Política para se servir

Marina pergunta qual a visão de política de Daciolo para que as pessoas voltem a ter esperança. O cabo diz que ama todos os candidatos, mas que não vai permitir que eles enganem os eleitores. “Eu vou responder, tá?”. Marina responde: “Estou aguardando”. Em seguida, Daciolo, perdido em seu discurso, fala em saúde. Marina cita o papa Francisco e diz que a política é para “o ato de serviço”. “Muitos que tiveram a oportunidade usaram a política para se servir”, afirma Marina, ao criticar PT, MDB e PSDB. Daciolo, na tréplica, afirma que é simples resolver: “A quadrilha está identificada, é só pegar eles todos”. Cabo diz que é com amor que vai transformar a nação.

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23:05 – Bolsonaro de novo

Meirelles pela segunda vez pergunta sobre Bolsonaro. Diz que o militar reformado não gosta do Bolsa Família e quer trazer de volta CPMF. Questionamento é endereçado a Marina. Ela volta a criticar o candidato do PSL por suas posições contra as minorias. “O Bolsonaro faz questão dizer que vai governar para os ricos”, diz Marina. “Se é assim para ganhar, imagine depois que ganha”, afirma a candidata da Rede. Meirelles defende o Bolsa Família como oportunidade para as pessoas progredirem. “Tenho proposta de levar o Prouni para as creches”, diz emedebista. Ele promete aumentar o programa. Marina diz que vai manter o Bolsa Família e propões programa “Renda Jovem”, para evitar a evasão escolar.


23:00 – Radicalismo

Alckmin pergunta a Meirelles. Diz que radicalismo atrapalha o crescimento do país. O candidato do MDB afirma que, para criar empregos, é preciso equilíbrio das contas públicas e confiança. “Quando entrei no governo a confiança aumentou.” Tucano diz que vai investir na agricultura, infraestrutura e logística, acordos comerciais e reduzir impostos. “Educação e saúde podem crescer na PEC acima da inflação”, diz Alckmin, voltando à discussão que teve com Boulos. Meirelles diz que política econômica tem que atrair investimentos e aumentar infraestrutura.


22:56 – Ciro e o SPC

Ciro pergunta a Alckmin. Ele cita sua proposta de tirar o nome das pessoas do SPC. Alckmin defende aumentar o crédito, trazer mais bancos para o Brasil e reduzir a taxa de juros com uma boa política fiscal. “Estava nos estudos do Ciro recriar a CPMF, ele viu a repercussão do Bolsonaro e deu uma recuada”, responde o tucano. “O governador Alckmin resolveu agora ser mal”, rebate Ciro. Pedetista volta a falar em unir o Brasil, apostando na divisão que se criou. Tucano aproveita para lembrar de Dilma e afirma que o PT esconde a ex-presidente. Diz que não vai criar imposto novo, mas suprimir cinco e simplificar em um só. “É emprego na veia.”


22:52 – Propostas para a educação

Haddad pergunta sobre propostas de educação de Ciro. O candidato do PDT começa corrigindo o petista sobre pergunta anterior: “Eu vetei aliança com Eunício Oliveira no Ceará”. Ciro critica ensino pago em sua resposta. “Ninguém investiu mais em ensino público gratuito do que eu”, diz Haddad. Petista afirma que fez apenas uma visita a Eunício. “Não fiz acordo com ele.” Ciro ri. Pedetista termina falando de radicalização armada pelo PT.

Fernando Haddad (PT), candidato à Presidência da República, participa de debate realizado pela TV Record, em São Paulo (SP) – 30/09/2018 (Nacho Doce/Reuters)

22:48 – PT e suas alianças 

O segundo bloco começa. Boulos pergunta a Haddad e diz que é inexplicável a aliança do petista com políticos que apoiaram o impeachment de Dilma Rousseff. Haddad agradece a pergunta e diz que ele e Boulos defendem os mesmos direitos. O ex-ministro de Lula defende as coligações nos estados, especialmente no Nordeste. O candidato do PSOL diz que pessoas estão desiludidas e desesperadas e, por isso, votam até no Bolsonaro. “Temos responsabilidade com o presente. Temos que aprender com erros do passado. Não vamos derrotar o golpe de mãos dadas com golpistas”, afirma Boulos. Haddad responde: “Vamos fazer alianças com quem defende os pobres, como você e o Ciro. É com paz e diálogo que vamos sair dessa crise”.


22:36 – Boicote ao cabo Daciolo

É a vez de Boulos e Daciolo. O cabo chama o cenário político de farsa, diz que os candidatos no debate estão jogando vôlei, batendo bola contra Bolsonaro. Diz que está sendo boicotado para não participar de debate da Globo, no dia 4. Critica Haddad, dizendo que o petista não fez nada como prefeito. “Não faço parte desse grupo de amigos, se tem um jantar depois do debate, não fui convidado e nem quero ir”, diz Boulos. Candidato do PSOL defende o movimento dos sem-teto. Na tréplica, Daciolo lembra a vitória do Brasil sobre os EUA na final no Pan-Americano de 1987, afirmando que é possível fazer igual na política.


22:31 – Saúde

Alckmin pergunta para Boulos, mas seu tempo é usado para falar de suas próprias realizações na área da saúde quando governador. Boulos lembra manifestação das mulheres e diz que foi uma aula de democracia. Fala em revogar o estrago do governo Temer, que congelou os gastos públicos. Afirma que investimento é necessário no SUS (Sistema Único de Saúde). Em sua réplica, Alckmin diz que não foi favorável à PEC do teto e diz que ela foi necessária porque o PT quebrou o país. “Saúde está fora da PEC”, diz, enquanto Boulos balança a cabeça negativamente. “Dizer que está fora é uma mentira, Geraldo Alckmin”, rebate Boulos. “Meus pais são médicos”, lembra o candidato do PSOL, antes de defender investimento do SUS e enfrentamento ao lobby dos planos de saúde.


22:27 – ‘Exemplo de civismo’

Alckmin elogia mulheres e diz que elas deram um exemplo de civismo por causa de manifestações contra Bolsonaro neste sábado. Afirma que irá fazer reforma política e aproveita para criticar PT e estatais criadas pelo partido e que estão, em suas palavras, “dando prejuízo”. Defende diminuir o número de senadores de três para dois em cada estado. Alvaro Dias critica a coligação de Alckmin com partidos do centrão. Ex-governador de São Paulo lembra que Dias era de seu partido e defende a aliança pela governabilidade. Tucano critica radicalismo e defende a união. “Acredito na virada nesta semana.”


22:22 – O medo

Marina pergunta a Alvaro Dias. Diz que o voto está marcado pelo medo nestas eleições. Dias lembra frase de FHC sobre a “marcha da insensatez”. Senador diz que ameaça é de dois fantasmas: o da direita e o da esquerda. “Eleição é para premiar o melhor”, afirma. Na réplica, Marina, em ato falho, chama Dias de Alckmin. Afirma que pode unir o Brasil, juntar pessoas para defender educação e garantir segurança para “nossos filhos”. “O PT acabou criando o Bolsonaro”, diz. Na sua vez, Dias afirma que pessoas de bem vão sacudir o Brasil nos próximos dias. Chama o PT de organização criminosa. Críticas ao PT e a Bolsonaro marcam debate até aqui.


22:17 – Fala grosso, mas amarela

Ciro critica a ausência de Bolsonaro e pergunta a Marina: “Qual a sua opinião sobre a frase dele de que não irá reconhecer o resultado das eleições?” Marina chama o candidato do PSL de autoritário e lembra que ele desrespeita minorias. “Não se pode entrar no jogo para ganhar de qualquer jeito. O Bolsonaro fala muito grosso mas tem momentos em que amarela”, diz. Ciro lembra o sentido da palavra democracia, diz que Bolsonaro faz declarações antipovo e antipobre. “O Brasil não aguenta mais a radicalização odienta”, afirma Ciro. Marina afirma que o capitão da reserva está se desconstruindo pelos próprios atos. Em dobradinha, Ciro e Marina lembram deslizes de Bolsonaro.


22:12 – Ódio não cria empregos

Meirelles pergunta a Ciro sobre o radicalismo de Bolsonaro: “O que fazer para promover o entendimento e para não cair em radicalismo?”. Candidato do PDT responde que a situação é a mais grave dessa etapa das eleições. Lembra que em 2014 a eleição já era rachada. Na réplica, ex-ministro da Fazenda de Temer diz que o “ódio não cria empregos” e defende política de entendimentos. Ciro se classifica como amigo de todos e capaz de criar esse entendimento.


22:10 – Propostas para os deficientes

Haddad diz que pessoas com deficiência merecem respeito. Diz que o Minha Casa, Minha Vida adaptou moradia para eles. Meirelles diz que deficientes vão ganhar cartão eletrônico com histórico sobre problemas de saúde. “Isso é um exemplo para deficiente e para todos”, diz


22:06 -Daciolo e a geopolítica do continente

Daciolo pergunta para Haddad sobre infraestrutura e saneamento e sobre “Quem é Lula”. Haddad critica emenda que fixou teto de gastos e diz que país vai retomar obras que geram emprego. Sobre Lula, diz: “É o maior presidente da história do Brasil, o maior estadista, de projeção internacional”. Haddad afirma ainda que Daciolo não entende a geopolítica do continente.


22:00 – Primeiro bloco

Apresentadores explicam a ausência de Bolsonaro devido à facada no dia 6 de setembro. Por recomendações médicas, Bolsonaro está em casa se recuperando. Todos vão perguntar e responder uma única vez. São 40 segundos para a pergunta, um minuto de resposta, um minuto de réplica e um minuto de tréplica.


21:55 – Daciolo e o telefone

Cabo Daciolo (Patriota) protagonizou o primeiro momento cômico do debate da Record ao chegar à emissora.

O deputado pediu ajuda aos jornalistas para desmentir os perfis falsos criados em seu nome nas redes. Ele mostrou seu celular, um modelo tão simples que “dá para atirar no chão que ele não quebra”, o que o presidenciável efetivamente demonstrou.

A única funcionalidade da qual ele necessita, diz, é a “lanterna para subir o monte”. Depois de recolocar a bateria do telefone, que voou com a queda, Daciolo voltou a dizer que vencerá a eleição em primeiro turno, com 51% dos votos.

Por Guilherme Venaglia


21:49 – Haddad responde a Alckmin e nega “poupar” Bolsonaro

O candidato à Presidência da República pelo PT, Fernando Haddad, respondeu às críticas de Geraldo Alckmin (PSDB) e negou estar “poupando” Jair Bolsonaro.

“Eu também não estou criticando ele (Alckmin), porque eu não estou fazendo críticas. Estou apresentando propostas”, afirmou.

Por Guilherme Venaglia


21:39 – Meirelles, Alckmin e Boulos ressaltam “mulheres contra Bolsonaro” em chegada ao debate

Os candidatos à Presidência do MDB, Henrique Meirelles, do PSDB, Geraldo Alckmin, e do PSOL, Guilherme Boulos, ressaltaram os movimentos contra Jair Bolsonaro (PSL) na chegada ao debate da Record, em São Paulo.

Meirelles definiu Bolsonaro como o “candidato do retrocesso” , por, diz ele, “defender que mulheres ganhem menos que homens”. Já Boulos disse acreditar que será o voto feminino que “impedirá a vitória do candidato do PSL”. Ele também se posicionou contra o voto útil.

Por Guilherme Venaglia

Henrique Meirelles (MDB), candidato à Presidência da República, chega aos estúdios da TV Record – 30/09/2018 (Guilherme Venaglia/VEJA.com)

21:21 – Teste: Que presidenciável sou eu?

As eleições de 2018 no Brasil prometem ser as mais imprevisíveis e fragmentadas da história recente do país. Treze dos 35 partidos brasileiros lançaram candidatos ao Planalto, entre nomes antigos, com experiência na política, e outros que tentam a Presidência pela primeira vez.

Sabendo disso, VEJA se propõe a ajudar os eleitores a descobrir qual é o candidato que mais se alinha ao seu pensamento em temas-chave da vida pública brasileira, de questões econômicas, como a reforma da Previdência, até discussões jurídicas e morais, como é o caso da descriminalização do aborto. Foram coletadas falas dos candidatos nos planos de governo, sabatinas, debates e entrevistas para formular o teste abaixo, composto de vinte questões.


21:05 – União do centro é “sonho de verão”, diz Alvaro Dias

O candidato do Podemos Alvaro Dias, que já chegou aos estúdios da Record para participar do debate, definiu como “sonho de verão” uma possível união do centro no primeiro turno das eleições 2018.

Segundo o senador paranaense, os projetos são “muito diferentes dentro do que está sendo chamado de centro”. “Tem até banqueiro sendo considerado centro”, diz.

Ele afirmou também que considera que as mulheres deram uma “lição” durante a manifestação contra Jair Bolsonaro (PSL) no sábado 30.

Por Guilherme Venaglia

Alvaro Dias (Podemos), candidatura à Presidência da República, chega aos estúdios da Record TV, em São Paulo (SP), para participar de debate – 30/09/2018 (Guilherme Venaglia/VEJA.com)

20:43 – Pesquisa Datafolha: Bolsonaro 28%; Haddad 22%

O Datafolha divulgou na noite de sexta, 28, sua última pesquisa com números de intenção de voto para presidente da República. O levantamento mostra que o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) se mantém na liderança, com 28% da preferência, seguido por Fernando Haddad (PT), com 22%, um avanço de seis pontos porcentuais. Ciro Gomes (PDT) tem 11%, seguido por Geraldo Alckmin (PSDB), com 10%; e Marina Silva (Rede), com 5%. O pedetista e o tucano estão empatados na margem de erro, que é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos.


20:28 – Guia do Voto

No próximo dia 7 de outubro, 147 milhões de brasileiros estarão aptos a ir às urnas nos 5.570 municípios do país. Eles têm à disposição, neste ano, 27.106 candidatos, sendo treze deles para o cargo máximo do Poder Executivo: o de presidente da República. Para ajudar o eleitor na hora em que estiver cara a cara com a urna, VEJA preparou um Guia do Voto. Confira aqui as principais informações que você precisa saber antes de votar.

Guia do voto
(Arte/VEJA)

 


20:19 – As propostas dos candidatos

Saiba as propostas dos treze candidatos à Presidência da República para sete temas: privatização, programas sociais, Previdência Social, Reforma Trabalhista, segurança pública, gastos públicos e política econômica no Mapa das Propostas de VEJA.

(Arte/VEJA)

20:00 – Empate técnico

Pesquisa do instituto MDA, a pedido da CNT, mostra que Fernando Haddad (PT), pela primeira vez, está em empate técnico com Jair Bolsonaro (PSL) na disputa presidencial. Bolsonaro lidera com 28,2%, seguido pelo ex-prefeito de São Paulo, com 25,2%. Saiba mais.

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