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André Vargas adia renúncia ao mandato parlamentar

Petista diz que está "reestudando" a entrega do cargo eletivo porque Conselho de Ética manterá processo de investigação sobre vínculo com doleiro preso

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 15 abr 2014, 18h15

Depois anunciar para esta terça-feira sua renúncia ao mandato na Câmara para minimizar o desgaste sobre seu envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, o deputado André Vargas (PT-PR) mudou o discurso e agora diz que há um “impasse” e que está “reestudando” o afastamento. Ao site de VEJA, o petista exaltou a preocupação com o fato de que vai continuar respondendo a processo disciplinar, mesmo após o desligamento da Casa.

“A Câmara é que está dizendo que não posso renunciar. Estou impedido”, afirmou Vargas, por mensagem de texto enviada à reportagem. Em verdade, Vargas não está impedido de renunciar, mas a atitude seria inócua em afastá-lo das investigações.

A alegação se dá pelo fato de que, estando ou não no mandato, o Conselho de Ética dará continuidade ao processo aberto contra Vargas na semana passada. Dessa forma, seu nome se manteria nos holofotes até o fim da ação, que tem prazo de até noventa dias para ser concluída pelo colegiado – ou seja, pode terminar apenas em julho.

Também por mensagem, o deputado petista enviou o trecho de mudança feita à Constituição que determina que a “renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais”. A assessoria do parlamentar também se manifestou: “A renúncia ao mandato será inócua, pois não surtirá qualquer efeito. Em face disso, o deputado está reestudando a hipótese da renúncia”.

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O petista vem sendo pressionado pelo PT a entregar o cargo sob a ameaça de ser excluído do partido. Após reunir-se com dirigentes petistas na noite de segunda-feira, em São Paulo, o parlamentar anunciou que atenderia ao apelo e se afastaria da Casa.

Como já enfrenta um processo disciplinar, Vargas ficará inelegível se entregar o mandato, podendo voltar a concorrer a um cargo eletivo apenas nas eleições municipais de 2024. Por outro lado, se decidir não renunciar, ele se arriscará a enfrentar um processo de cassação – que, se aprovado, também o tornará inelegível. De dezembro para cá, seis deputados optaram por entregar o mandato para fugir da ação de perda de mandato. Conhecido estrategista, Vargas estuda saída que lhe trará menor dano.

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“Eu não entendo o motivo de uma renúncia após o início do processo. É inócua e isso não vai mudar minha postura e minha conduta nesse trabalho”, disse o relator do caso no Conselho de Ética, deputado Júlio Delgado (PSB-MG). A tendência é que o deputado apresente na próxima semana parecer que aceite a denúncia contra o parlamentar e inicie as apurações sobre o envolvimento dele com o doleiro Alberto Youssef.

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