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Análise: Alckmin procura um lugar no tabuleiro eleitoral

Candidato do PSDB à Presidência adota discurso para tentar quebrar polarização entre Lula e Bolsonaro

Por Silvio Navarro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 dez 2017, 20h16 - Publicado em 9 dez 2017, 15h41

Durante cerca de vinte minutos, quem acompanhava o discurso de Geraldo Alckmin ao ser escolhido presidente do PSDB — e candidato do partido à Presidência em 2018 — tinha aquela sensação de quem assiste pela terceira ou quarta vez aos filmes que os canais de televisão reprisam de tempos em tempos no meio da tarde. Até que, no final da sua fala, ele resolveu citar o potencial adversário a ser batido nas urnas, segundo pesquisas recentes, o ex-presidente Lula. “Vejam que audácia dessa turma. Depois de quebrar o Brasil, Lula quer voltar à cena do crime”, disse, numa sequência de frases calculadíssimas pelos novos estrategistas da futura campanha do PSDB, como “a ilha da fantasia petista”, “acabou o pesadelo” e o já adotado bordão que seguramente pontuará suas falas: “As urnas os condenarão”.

A mudança no tom do discurso de Alckmin, conhecido pelo estilo pacato de prefeito de Pindamonhangaba e pela fala que não empolga, é uma tentativa de colocar o PSDB no jogo, num momento em que as pesquisas apontam para uma polarização entre Lula — se a Justiça deixar — e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que angariou nos últimos meses uma legião de eleitores antipetistas. O recado no discurso do tucano foi claro. Algo como: também somos antipetistas, mas temos uma agenda que vai além da gritaria anti-Lula — austeridade fiscal, reforma política, previdenciária, tributária e o que ele definiu como “tirar o peso do estado ineficiente das costas dos brasileiros”.

Com o recall de ter disputado praticamente todas as grandes eleições desde 2002 e governado o estado mais rico e populoso do país — que ergueu uma muralha contra o PT em 2014 –, Alckmin embarca na disputa com potencial para crescer nas próximas pesquisas e tornar o cenário mais embolado com Lula, Bolsonaro e Marina Silva (Rede). Resta saber se o PSDB, que eleição após eleição se divide e se tritura internamente, vai deixar. Não à toa, do começo ao final da convenção tucana neste sábado, a palavra mais repisada tenha sido “unidade” — algo que os tucanos nunca conseguiram, mas que o rival petista, Lula, terá no eleitorado de esquerda.

 

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