PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana
Continua após publicidade

Aliados de Lula querem replicar modelo de sucesso empregado por Bolsonaro

Governistas dizem que, como o seu principal adversário, o presidente precisa de bandeiras capazes de promover engajamento e mobilização popular

Por Daniel Pereira 20 out 2024, 15h13

O presidente Lula e a coordenação política do governo esperam o fim da eleição para fazer um balanço mais detalhado da disputa municipal. Já é certo que a esquerda saiu derrotada, mesmo que ganhe alguns embates importantes no segundo turno, e que o Centrão, a direita e o conservadorismo se fortaleceram. A dúvida é sobre a elasticidade do placar final.

Numa avaliação preliminar feita após o primeiro turno, diante da constatação do revés sofrido, governistas retomaram a ladainha de que é preciso melhorar a comunicação do governo. Há uma insatisfação com o fato de a melhora de indicadores econômicos, como crescimento da economia, do emprego e da renda, não ter gerado pontos positivos na avaliação do governo — nem votos nas urnas.

Em São Paulo, por exemplo, o deputado Guilherme Boulos (PSol), apoiado por Lula, enfrenta dificuldades para conquistar o eleitorado mais pobre, que, desde o início da campanha, era visto como a sua principal aposta para crescer e derrotar o prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição. Segundo pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira, 17, Nunes tem 51% de intenções de voto nas projeções de segundo turno, contra 33% de Boulos.

Inspiração no bolsonarismo

Além de reforçar a divulgação de dados positivos da economia, aliados de Lula alegam que o governo precisa eleger bandeiras capazes de promover engajamento e mobilização popular, exatamente como fazem Jair Bolsonaro e segmentos da direita. Há o diagnóstico de que a agenda petista, sustentada por retomada do PIB e programas sociais, já não basta e, por isso, é preciso avançar.

O problema é escolher as bandeiras e torná-las convincentes. Ex-ministro da Casa Civil e dirigente histórico do PT, José Dirceu acha que o governo deveria priorizar o debate na área de segurança pública, onde os bolsonaristas nadam de braçada. A sugestão de Dirceu é priorizar o trabalho de inteligência — e não a repressão, como faz a direita — para enfrentar desde as grandes organizações criminosas até os crimes cotidianos que atormentam a população, como o roubo de celulares.

Há meses, Lula prometeu um plano ambicioso para a área, mas a chamada “PEC da Segurança Pública” está em banho-maria. Até hoje, o presidente e o PT não encontraram um jeito para lidar com esse tema. Por isso, ministros sugerem outras bandeiras mobilizadoras, como a educação em tempo integral, que permitiria a mais mulheres, que formam a maioria do eleitorado, dedicar mais tempo para a carreira profissional. Outra ala defende investimento pesado no empreendedorismo, considerada uma nova e potente demanda social. Por falta de rumo, esse debate ainda vai longe.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.