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Alckmin sai para tentar Presidência; França é o novo governador de SP

Tucano deixa o comando do governo para disputar eleição presidencial, como prevê a lei; vice assume e deve ser o principal adversário do PSDB em São Paulo

Por Bianca Lemos
Atualizado em 6 abr 2018, 17h34 - Publicado em 6 abr 2018, 16h49

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) deixou o cargo na tarde desta sexta-feira (6) para concorrer à Presidência da República na eleição de outubro. Com isso, o ficará nas mãos de seu vice, Márcio França (PSB), que se tornará o primeiro não-tucano a comandar São Paulo desde 2007, quando Cláudio Lembo (DEM) assumiu o cargo em março de 2006, quando o mesmo Alckmin se desincompatibilizou para tentar ser presidente – foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os tucanos comandam São Paulo desde 1994, quando Mário Covas venceu a eleição para governador. Depois, o PSDB emplacou Alckmin (duas vezes), José Serra, Alberto Goldman e Alckmin de novo.

Por ironia, Márcio França, o sucessor de Alckmin, será candidato ao governo de São Paulo e deverá ser o principal adversário do representante do PSDB, João Doria, — afilhado político do tucano, que também deixou o cargo nesta sexta-feira para disputar a eleição — já que conta com o apoio de treze partidos:  PSB, PR, PPS, PV, PHS, PSC, Pros, Avante, Solidariedade, Podemos, PPL, PRP e PMB, e negocia ainda com o DEM e o PP.

Em sua cerimônia de posse, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), o novo governador afirmou que “São Paulo tem uma longa trajetória para proporcionar ao país saídas importantes” e que do estado saem intermediações que podem “gerar estabilidade no Brasil”.

Alckmin deixa o cargo para atender ao que prevê a lei, que exige a desincompatibilização de quem vai tentar se eleger para um posto diferente do que ocupa. Márcio França poderá ficar como governador durante a eleição porque ele vai tentar a mesma função na qual está atualmente.

A vitória de um candidato ao Palácio dos Bandeirantes que não fizesse parte do ninho tucano significaria o fim do reinado do PSDB no estado. Entre idas e vindas, Alckmin, que era vice de Covas e assumiu após a sua morte, ocupou o cargo por pouco mais de doze anos.

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Márcio França, que assumiu nesta sexta-feira o governo de São Paulo no lugar de Geraldo Alckmin (PSDB) (Zanone Fraissat/Agência O Globo)

No começo do ano passado, o então governador emplacou o slogan “Pronto para o Brasil”. Visando sua candidatura, inaugurou, também, um discurso menos regionalista, a fim de fortalecer seu nome em outras partes do país.

Em seus últimos dias no cargo, já em contagem regressiva para a despedida, o tucano realizou uma maratona de inaugurações de linhas e estações do metrô. A linha 13-Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitans (CPTM), que liga São Paulo ao Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, por exemplo, começou a operar neste sábado, com um atraso de 14 anos para a entrega.

Alckmin tenta com isso melhorar sua posição na corrida presidencial. Segundo a última pesquisa Datafolha, de janeiro, ele consegue 11% no seu melhor cenário, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não está na disputa. Com o petista candidato, o tucano não passa de 7%.

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Conheça o novo governador 

Natural de São Vicente, no litoral paulista, onde foi prefeito, França é advogado e professor. Obteve o primeiro cargo político como líder estudantil enquanto cursava Direito, em Santos. É filiado ao PSB há três décadas e foi eleito vereador por dois mandatos consecutivos, entre 1989 e 1996, também em São Vicente.

Márcio França também foi deputado federal, além de ter ocupado, nos últimos três anos, o cargo de vice-governador e de secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação.

O adeus de Doria

O prefeito também deixou o cargo nesta sexta-feira (6) para concorrer ao governo de São Paulo. O tucano se despede da prefeitura  após um ano e três meses, em meio às críticas de não ter honrado o compromisso de permanecer no posto até o final de seu mandato, como havia prometido em sua campanha eleitoral.

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Com a saída de Doria, a cidade passa a ser comandada pelo seu vice, Bruno Covas, neto do ex-governador de  São Paulo Mário Covas, que também foi prefeito de São Paulo e senador.

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