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Alckmin apresenta Aécio às zonas Norte e Leste de SP

Agenda tipicamente paulistana teve café, pastel e garoa. Presidenciável aproveitou para criticar atual política econômica: 'O governo Dilma fracassou'

Por Carolina Farina 26 jul 2014, 14h37

O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, foi apresentado neste sábado pelo governador Geraldo Alckmin às zonas Norte e Leste de São Paulo. Em uma agenda tipicamente paulistana – que incluiu cafezinho, pastel e garoa – os tucanos visitaram a Biblioteca de São Paulo, no Parque da Juventude, em Santana, por onde caminharam na sequência. A comitiva conheceu a Feira Tecnológica, promovida pelo instituto social Dom Bosco, em Itaquera. Sempre colado em Alckmin, Aécio fez corpo a corpo, e posou para dezenas de fotos e selfies com o público. Aproveitou, também, para criticar o governo da presidente Dilma Rousseff: “O governo Dilma fracassou”, afirmou, referindo-se à situação econômica no país.

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A visita à Zona Leste não estava na agenda do presidenciável. O mau tempo, contudo, acabou por abreviar a caminhada pelo Parque da Juventude – em um dia com frio e garoa, o local estava esvaziado. Em meio à crise hídrica que São Paulo atravessa, Alckmin comemorou o tempo chuvoso: “Aécio é mesmo um cara de sorte, trouxe até a chuva”, brincou. De fato, o governo do Estado conta com as precipitações para garantir o abastecimento pelos próximos meses – o chamado volume morto do Sistema Cantareira deve se esgotar em outubro, segundo as previsões mais pessimistas.

A visita ao Parque da Juventude teve ainda a presença do ex-governador José Serra, candidato tucano ao Senado por São Paulo: os três começaram o dia com um café em uma lanchonete. Com a ajuda de Alckmin, Serra apresentou Aécio às obras do PSDB na região – não faltaram menções às Etecs e Fatecs. Lembraram que o local que hoje abriga 1,6 hectare de mata atlântica já foi o presídio do Carandiru. Serra e Alckmin eram reconhecidos pelo público o tempo todo, e traziam consigo Aécio na hora das fotografias. Sem Serra, o presidenciável e o governador seguiram, então, para Itaquera. Lá, finalmente, se deu o corpo a corpo mais efetivo.

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Ciceroneados pelo padre Rosalvino, à frente da obra social Dom Bosco, Aécio e Alckmin atravessaram os stands da feira e conversaram com os presentes. O governador cumprimentava a todos e, na sequência, introduzia Aécio. Houve até pausa para o pastel. Quando Aécio descolava-se de Alckmin, era recebido em tom menos acalorado. Até que o governador aparecia: “A esse ai eu já conheço”, comemorou a vendedora de fogazza ao avistar Alckmin.

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Na saída, Aécio e Alckmin concederam entrevista coletiva. O presidenciável elogiou as Fatecs e Etecs, marcas do governo tucano em SP: “Precisamos estender as Fatecs e Etecs para o Brasil. Essas escolas são referência para o país”, afirmou. “Esse é o Brasil que precisa ser construído, o do empreendedorismo”. Questionado sobre as pesquisas de mercado que atrelam a eventual reeleição de Dilma a uma piora no cenário econômico, afirmou: “Essas pesquisas apontam na mesma direção: o fracasso da política econômica do governo Dilma Rousseff”. E prosseguiu: “O governo perdeu a capacidade de gerar expectativas positivas, o que impacta fortemente no crescimento do Brasil”.

Sobre a crise diplomática provocada com Israel por uma declaração do Brasil acerca do conflito no Oriente Médio, Aécio afirmou que faltou equilíbrio ao governo – e que o documento deveria ser mais enfático na exigência de um cessar-fogo, sem se esquecer das ações do Hamas contra os israelenses. “O Brasil optou ao longo dos últimos anos por um alinhamento ideológico em sua política externa. E perdeu espaço nas negociações internacionais. Faltou equilíbrio ao Brasil nesse mais recente caso. A palavra do Brasil tem sempre de ser a do equilíbrio”. Já Alckmin falou sobre a possibilidade de dividir palanques com Eduardo Campos (PSB), adversário de Aécio na corrida ao Planalto. Com um vice do PSB na chapa, o governador disse que o país é “pluripartidário”. E que “quem é do PSB vai apoiar Campos e quem é do PSDB apóia Aécio”. “Aécio é meu candidato”, finalizou Alckmin.

Esse foi o quarto evento de campanha de Aécio em São Paulo – maior colégio eleitoral do país, com 32 milhões de eleitores. Para se ter uma ideia, Aécio fez apenas uma visita a Minas Gerais, Santa Catarina, Espírito Santo e ao Nordeste, onde participou de dois atos de campanha no Ceará. No Rio de Janeiro, o candidato já fez corpo a corpo em Queimados e Vigário Geral. É também na cidade de São Paulo que está instalado o comitê central da campanha de Aécio, palco das reuniões entre o presidenciável e seus coordenadores. Foi justamente na capital paulista que Aécio abriu a campanha, em 6 de julho – ao lado de Alckmin. E foi também na cidade que o PSDB lançou a candidatura do senador mineiro ao Planalto.

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A campanha de Aécio tem como estratégia ‘colar’ o presidenciável a Alckmin nesta primeira fase da corrida ao Palácio do Planalto: pelo menos uma vez por semana a dupla deve dividir o palanque em eventos na capital ou no interior paulista. Segundo pesquisa Datafolha divulgada em 17 de julho, o Estado é um dos principais focos de rejeição à presidente Dilma Rousseff. Em São Paulo, 47% dos eleitores não votariam em Dilma, índice acima da média nacional, de 35%. Na capital paulista, a resistência à presidente é ainda maior: 49% rejeitam a candidata. Contribui para o desgaste da presidente a impopularidade do prefeito Fernando Haddad (PT), que, após um ano e meio de mandato, tem aprovação de apenas 15% dos paulistanos. Já Alckmin nada tem a reclamar dos números – seus 54% na preferência do eleitorado garantiriam sua vitória no primeiro turno e o tornam um importante cabo eleitoral, como demonstrou a agenda deste sábado.

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